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‘@Verdade da Manhiça: Que boicotem, não aquecem nem arrefecem a democracia

Os partidos extra-parlamentares de Moçambique apelam ao boicote das eleições intercalares marcadas para o próximo 7 de Dezembro em 3 municípios, nomeadamente: Pemba, Lichinga e Quelimane alegando que o período para a apresentação de candidaturas e (des)organização dos mesmos é curto.

Mas que tamanha baboseira. Onde é que reside o tal pensamento democrático de que eles se autoproclamam autores? Então não são estes partidos que dizem que a presença deles engrandece a democracia moçambicana? Não são estes senhores que andam pelos cantos a dizer que a FRELIMO com a sua maioria absoluta não abre espaço para o pensamento alternativo e/ou oposição? Então, qual é a solução que defendem para a mudança do actual cenário que acham estar errado sabido que a decisão é tomada na hora de votação pelo maravilhoso povo?

Ora, ao boicotar estas eleições seja quais forem as razões, estes partidos estarão a assinar o pacto de regressão da assoalhada democracia que existe neste país e a contribuir para a cada vez mais assente bipartidarização do sistema político nacional atendendo que a RENAMO (parlamentar) também não concorrerá e, por via disso, não deterá município algum para lhe servir de ba(e)stião, restando a FRELIMO e o MDM.

Com esta acção, estes partidinhos, devido à grandeza dos outros partidos (FRELIMO e MDM) e por apresentarem candidatos fortemente armados desde a boca até à mente (passando pelos olhos visto que o choro é também usado como estratégia), estão a querer impor-se nos seus devidos lugares: os da mesquinhez para servirem de opção do poder neste país.

É por todos sabido que estes partidos só existem em vésperas de eleições, e prova disso é o que alegam agora como justificação para não se candidatarem. Aliás, neste capítulo temos de admitir que ao virem até cá dizer que não estão preparados e que precisam de mais algum tempo para se organizarem, demonstram que são tão desorganizados e incapazes de assumirem o poder e servirem de alternativa de governação neste país.

Até porque se formos a ver profundamente estes partidos, vamos desvendar que só existem para confundir os menos atentos com os seus símbolos, onde muitos usam a galinha e o pássaro como signos. Não muitos, a maçaroca.

Esses intrépidos cidadãos, PCA’s dos partidos que ganham fundos da CNE para organizarem as suas campanhas eleitorais, devem “masé” aprender com a FRELIMO quando diz: “A vitória prepara-se, a vitória organiza-se”. E sendo partidos políticos com a finalidade de um dia assumirem o poder, deviam andar muito organizados e prontos para conduzirem os destinos deste que é um maravilhoso povo e muito especial.

Não estão preparados. Alguma vez estiveram? Ou a figura do Leopoldo da Costa (o contundente) é que os assusta? Acabou- se o “deixa-andar” na Comissão e já não se admite que partidos organizem papeladas nos jardins, por cima do joelho.

Ah, permitam-me dizer que quando terminava mesmo de redigir este artigo, alguém dizia-me (ao ler em primeira mão) que, se calhar, os verdadeiros donos destes partidos é que os aconselharam a não se candidatarem por os mesmos fazerem parte de alguma agenda oculta (??? Ups, sinceramente que não percebi esta).

Mas “hoquêi”, eles que boicotem, não aquecem e nem arrefecem a jovem democracia moçambicana. Mais não digo.

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