Pelo menos quatro pessoas morreram e onze outras ficaram feridas, sexta-feira, em novos confrontos armados em Ouerchefana, ao oeste de Trípoli, palco de violência contra civis, indicaram as fontes hospitalares.
O hospital al-Zahra do Ouerchefana recebeu três mortos e cinco feridos, indicou uma fonte desta unidade de saúde segundo a qual as vítimas são das fileiras das tropas de Ouerchefana e tribos líbias.
No entanto, esta mesma fonte queixa-se de penúria de medicamentos e de equipamentos médicos devido ao bloqueio imposto a esta cidade declarada “zona militar” pelas tropas de Fajer Líbya, que lançaram uma ofensiva militar contra o Exército líbio há vários dias.
Em Zaouia, 50 quilómetros ao oeste de Trípoli, o Hospital Universitário local acolheu um morto e seis feridos pertencentes aos combatentes de Fajr Líbya, uma coligação de grupos armados, incluindo os Misrata (sul).
O Comité Nacional da Líbia para os Direitos Humanos manifestou, quinta-feira última, a sua profunda preocupação pelas violações contra habitantes civis em Ouerchefana, denunciando o drama humano a que estes estão sujeitos, nomeadamente o bloqueio e ataques sistemáticos contra eles.
O Governo já havia denunciado os bombardeios contínuos dos bairros residenciais no oeste de Trípoli pelos grupos armados que causaram vários mortos e feridos entre os civis, bem como a destruição de casas e de bens dos cidadãos.
O emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) na Líbia, Bernardino León, anunciou um encontro com dignitários da tribo Ouerchefana onde ocorrem sempre confrontos armados mortíferos. A seu ver, é necessário que o cessar-fogo seja global “se quisermos estabelecer contactos e encontrar soluções políticas”.