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20 Kgs de droga apreendida na viatura do procurador distrital de Chibabava

Uma quantidade estimada em 20 quilogramas de canabis, vulgo soruma, foi apreendida, na manhã do último Sábado, na vila sede do distrito de Nhamatanda, em Sofala, quando era transportada numa viatura pertencente ao procurador distrital de Chibabava, sul da mesma província do centro de Moçambique.

Na altura da apreensão da soruma, a referida viatura era conduzida pelo próprio procurador distrital, mas este não foi detido alegadamente porque concluiu-se que a droga não lhe pertencia; era de um ocupante da sua viatura, supostamente alheia às suas relações, mas que havia acordado com ele transporta-lo na condição de pagar na chegado ao destino.

O envolvimento do procurador distrital em causa foi imediatamente minimizado pelas autoridades policiais e judiciais em Nhamatanda sob alegação de que o “dignissimo” é inocente alegadamente porque não conhecia o conteúdo da bagagem de que era portador o indivíduo que aceitou transportar na sua viatura.

O indivíduo denunciado como dono da droga que era transportada na viatura do procurador distrital de Chibabava foi imediatamente detido.

Na circunstância, o procurador distrital de Chibavava conduzia a sua viatura, do tipo carrinha de caixa aberta, no perurso Chibabava – cidade da Beira, tendo sido interpelado pelas autoridades policiais, em Nhamatanda, que ao efectuarem a revista acabaram encontrando a quantidade de soruma manuseada no interior do veículo.

Consta que na mesma circunstância constatou-se que o procurador distrital de Chibabava fazia o transporte de passageiros, vulgo chapa, ilegalmente, pois a actividade carece de respectivo licenciamento.

O tipo de infracção imputado ao procurador em causa não constitui matéria criminal que implicasse a sua detenção, mas associado ao facto de estar a transportar droga e sendo ele próprio a conduzir a viatura e tendo em conta o seu estatuto na sociedade, e em todos os casos sido encontrado em flagrante delito, não seria anormal a sua detenção preventiva para efeitos de investigação, como, aliás, tem acontecido em muitos casos similares.

Talvez porque nos casos antecedentes os envolvidos são cidadãos comuns, mas a Constituição da República é explícita quanto a essa abordagem, na parte que diz que ninguém deve se colocar nem ser colocado na posição superior à lei.

Seja como for, este caso fere moralmente toda uma sociedade que vê na pessoa do procurador uma pessoa dignissima, como, aliás, é tratada, insuspeita de cometer nem envolver-se em cometimentos ilícitos, como foi o caso ao transportar droga em sua viatura e passageiros sem ser licenciado para tal.

Uma fonte da coorporação em Nhamatanda afirmou ao jornal O Autarca que a revista feita a viatura do procurador distrital de Chibabava que culminou com a apreenão de soruma em quantidade estimada em 20 quilogramas, enquadra-se numa actividade rotineira da Polícia.

Esse tipo de actividade já permitiu a corporação detectar várias coisas cuja circulação no país é proibida, incluindo somas avultadas de dinheiro tanto em meticais como em dólar.

Mas este último torna-se mais escandaloso por envolver a figura de um Procurador da República, de que não se duvida que medidas sancionais serão tomadas ao mais alto nível

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