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Governo de Mopeia na Zambézia prepara medidas drásticas aos mutuários do Fundo de Desenvolvimento Distrital

O fraco reembolso do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), ou seja, os vulgos Sete Milhões entregues aos distritos está a levar o governo do distrito de Mopeia, na Zambézia, a optar pela apreensão de bens aos mutuários.

O governo entrega o valor aos mutuários com o intuito de estes, no final de cada actividade ou projecto, reembolsarem conforme o acordado.

Na hora de recepção, todos assumem o compromisso de devolver o valor de acordo com os rendimentos. A prática é quase comum em todos os distritos. Não há distrito nenhum, pelo menos na Zambézia, que levante bandeira de vitória no que concerne aos reembolsos dos chamados Sete milhões.

O administrador distrital de Mopeia, João Zamissa, não vê outra medida para trazer de volta aos cofres do governo os mais de 41 milhões de meticais que o distrito recebeu desde 2007 até esta parte.

Zamissa disse que os mutuários que se beneficiaram daquele fundo só devolveram 700 mil meticais, correspondente a 2% do valor, percentagem considerada aquém da realidade, ao avaliar pelo volume de financiamento dos projectos naquele distrito do sul da província da Zambézia.

Medidas drásticas vêm ai

O governo de Mopeia faz as contas e vê que está longe de conseguir ter de volta o valor entregue aos mutuários do chamado Fundo de Desenvolvimento Distrital.

Vários foram os apelos para que os mutuários possam honrar com os compromissos assumidos, mas são poucos que ouvem e devolvem o dinheiro. Uns até mudam de residência para outros pontos do distrito, como forma de se livrarem da dívida.

Os poucos que restam e que fazem alguma actividade com o dinheiro que receberam fazem ouvido de mercador aos apelos do governo de Mopeia.

E agora, o executivo de João Zamissa decidiu que a única salvação que tem para ter de volta o valor desembolsado é recorrer aos meios coercivos, tais como apreensão dos bens adquiridos no âmbito do FDD, tais como bicicletas, motas, até encerramento de bancas como forma de pressionar para que os mutuários possam devolver o dinheiro.

Zamissa assegurou que neste momento “esta é a medida mais viável para com os mutuários por forma a reembolsarem o dinheiro”.

Mais adiante, o administrador de Mopeia sublinhou que contactos não faltaram ou seja, tem sido sua prática conversar com os mutuários para que de forma amigável, aliás, conforme regem os contratos de financiamentos, possam fazer os reembolsos, mas em vão.

Recorde-se que de 2007 a esta parte, o distrito de Mopeia financiou 108 projectos em diversas áreas, sendo maior parte destes projectos da área de produção agrícola.

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