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Quando os árbitros foram os protagonistas dos Mundiais

Quando os árbitros foram os protagonistas dos Mundiais

Ao longo da história das Copas, os árbitros tiveram maior destaque do que os jogadores em algumas ocasiões, e, na maioria dos casos, devido aos erros que acabaram prejudicando alguma das equipes que se defrontavam.

Os casos mais recentes foram o do equatoriano Byron Moreno e o do egípcio Gamal al-Ghandour, com duas atuações muito polêmicas, em que a Coreia do Sul foi beneficiada no Mundial que sediou junto com o Japão, em 2002, para alcançar as semifinais do torneio. Moreno teve uma atuação muito criticada quando os sul-coreanos eliminaram os italianos nas oitavas de final, quando anulou um gol supostamente legal de Damiano Tommassi, expulsando na sequência Francesco Totti. O jogo terminou empatado em 1-1 no tempo regulamentar e os sul-coreanos levaram a partida com um golo de ouro.

Na partida seguinte, Ghandour anulou dois golos legítimos da Espanha, marcados por Iván Helguera e Fernando Morientes. A Coreia do Sul conseguiu sua classificação para as semifinais nos pênaltis, após o 0-0 ao final da partida.

Mas talvez o caso mais conhecido tenha sido o do confronto pelas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, no México, entre Argentina e Inglaterra. O tunisiano Ali Bennaceur deixou a sua marca na história ao validar o golo que Diego Maradona marcou com a “Mão de Deus” na partida que terminou com um 2-1 para os argentinos.

Na final, a alviceleste venceu graças a outro golo genial de Maradona, em que driblou vários marcadores, mas o primeiro marcado de forma irregular ganhou notoriedade, mais pela malandragem do craque do que pela falha do juiz.

Na Copa de 1990, quem se destacou de maneira negativa foi o árbitro mexicano de origem uruguaia Edgardo Codesal, na final disputada em Roma entre Alemanha e Argentina, na qual os alemães impuseram-se por 1-0. Codesal foi alvo das reclamações dos alemães por um possível pênalti sobre Klaus Augenthaler, enquanto os argentinos queixaram-se de que não teria apitado outro de Lothar Matthäus sobre Gustavo Dezotti. Pouco depois, ele marcou a penalidade máxima que daria a vitória aos germânicos após uma suposta falta sobre Andreas Völler. O golo da vitória foi marcado por Andreas Brehme aos 85 minutos de jogo, em um duelo em que a Argentina terminou com nove após as expulsões de Pedro Monzón e Dezotti.

A jogada mais controversa da história do futebol é considerada por muitos o golo fantasma marcado pelo inglês Geoff Hurst na final da Copa de 1966 e que colocou o placar em 3-2 para a seleção local contra a Alemanha, aos 11 minutos do prolongamento. O remate de Hurst bateu na trave e no relvado, sem ter ficado claro se a bola havia passado ou não da linha divisória do golo. “Durmo tranquilo, sei que a bola entrou”, afirmou o árbitro suíço Gottfried Deinst, que validou o polêmico golo, num duelo que terminaria com um 4-2 para a Inglaterra. Nem o próprio Hurst ficou seguro de seu golo. “Foi golo? A bola cruzou a linha? Não sei a resposta e acho nunca saberei”, ressaltou o atacante.

No Mundial da Itália, em 1934, várias arbitragens foram suspeitas, principalmente de favorecer os anfitriões, como nos dois jogos entre os locais e a Espanha pelas quartas, em seu jogo contra a Áustria pelas semifinais, ou contra a Tchecoslováquia na final. “A Itália queria vencer. Era natural, mas eles fizeram disso algo óbvio demais”, declarou na época Jean Langenus, árbitro belga que apitou a Copa.

Outro juiz que entrou para a história foi o húngaro Sandor Puhl, nas quartas de final da Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994, quando o italiano Mauro Tasotti acertou uma cotovelada no espanhol Luis Enrique dentro da área, chegando a quebrar o nariz do espanhol. Com Luis Enrique ensaguentado, Puhl, que depois apitaria a final, não se atreveu a apitar o pênalti ne a expulsar o italiano em uma partida que os “Azzurri” saíram com a vitória por 2-1.

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