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“Países poluidores” aceitam limitar o aquecimento do planeta a 2°C

As maiores economias do mundo, responsáveis por 80% das emissões de gases de efeito estufa, aceitaram limitar a 2°C o aumento da temperatura do planeta, informaram nesta quinta-feira em L’Aquila (Itália) fontes diplomáticas brasileiras e europeias.

Os 16 países do Fórum das Maiores Economias (FME) – o conjunto de nações formado pelas oito maiores potências industrializadas e os países de economia emergentes – se reunem nesta quinta-feira por ocasião da cúpula do G8 para debater o tema. A ideia vai figurar no documento final e representa um grande avanço, segundo declarou à imprensa o diplomata Luiz Alberto Figereido Machado, chefe dos negociadores para questões de meio ambiente do Brasil.

“O FME aceitou a ideia dos 2°C”, indicou, por sua vez, um diplomata europeu que não quis ser identificado. No rascunho da declaração final, ao qual a AFP teve acesso, o FME “reconhece que o aumento médio da temperatura mundial não deve exceder os 2°C em relação aos níveis pré-industriais”, que correspondem à temperatura do final do século XVIII.

Com a introdução deste princípio, serão respeitadas as recomendações científicas baseadas em uma avaliação de que a temperatura do planeta já aumentou quase um grau desde então. O Fórum se compromete a “identificar um objetivo comum de redução das emissões de gases de efeito estufa antes de 2050”, afirma o documento, sem precisar a porcentagem. Por insistência da China, os países do FME desistiram de se comprometer a reduzir pela metade suas emissões de gases de efeito estufa até 2050.

Na véspera, os líderes do G8 aprovaram o limite de 2°C e se comprometeram a reduzir pela metade antes de 2050 a emissão mundial de gases de efeito estufa e elevaram para 80% a redução de suas próprias emissões. Figueiredo acha que esta proposta não tem credibilidade se o G8 não adotar metas intermediárias até 2020.

“Nós podemos aceitar o objetivo de 2050 dentro de um quadro de metas robustas a médio prazo”, afirmou o chefe dos negociadores. “Mas não podemos lidar apenas com o longo prazo, porque se perde credibilidade. Tem que existir metas de redução fortes e profundas até 2020”, completou.

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