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Programa “florestas comunitárias” continua problemático

O Presidente da República, Armando Guebuza, voltou a admitir que o programa em curso visando estabelecer florestas comunitárias continua problemático, podendo levar algum tempo para sua correcta implementação.

Contudo, o Chefe de Estado moçambicano disse que nalguns casos se registam avanços nesta matéria, tal como constatou na província de Maputo.

Gubuza falava, terça-feira, em conferência de imprensa que concedeu na cidade da Matola, a capital da província de Maputo, sul de Moçambique, que marcou o termo da sua Presidência Aberta e Inclusiva à esta parcela do país, que vinha efectuando desde o passado dia 16 de Abril corrente.

“A questão das florestas continua problemática, mas vimos que há passos mais ousados. Vimos em Matsequenha passos ousados. Se isto reflectir totalmente aquilo que se está a passar na província ou se for aquilo que a província toda passará a fazer será encontrada a solução para o problema de florestas comunitárias”, afirmou Guebuza.

O estadista moçambicano sublinhou a importância de entender-se a matéria como um processo e, como tal, o tempo que leva para uma decisão a ser entendida, quando essa mesma envolve muitas estruturas, é relativamente longo.

“Não é exactamente por causa da formulação, que as vezes pode ser infeliz, mas porque envolve muita gente”, explicou Guebuza, que antes da província de Maputo escalou Gaza e Inhambane, as duas outras províncias da parte meridional do país, onde pôde visitar algumas florestas comunitárias.

Aliás, Guebuza manifestou, na ocasião, a sua insatisfação pela forma como o programa estava a ser implementado naqueles locais. “Por exemplo, o programa um aluno uma planta, quantos alunos existem em Moçambique? Um líder comunitário uma floresta, quantos líderes existem e quantas florestas?” Questionou o presidente Guebuza.

“Aaté toda essa gente entender bem leva o seu tempo e há estruturas que participam nisso, como agricultura, educação e meio ambiente, cada qual com a sua visão”, realcou o Chefe de Estado.

Assim, segundo Guebuza, até todas estas estruturas encontrarem o denominador comum e as formas comuns de actuação, levará o seu tempo. Solicitado a comentar se a fraqueza na implementação do programa, cujo lema é ‘Um Líder, Uma Floresta’ não resultava da falta de dinheiro, Guebuza disse que o problema não podia ser visto naquele prisma, mas sim na liderança.

“Neste caso, não é só o problema de dinheiro, eu costumo pensar menos em dinheiro, mas na liderança”, afirmou Guebuza, acrescentando que há recursos ociosos que podem ser usados. “Se alguém pode tratar uma semente e pode plantar, pode fazer um viveiro, porque não faz?”, questionou Guebuza.

Na sua visita à província de Maputo, Guebuza escalou, sucessivamente, localidade de Chicutso (distrito de Magude), Nhongonhane (Marracuene), Matsequenha (Namaacha) e o bairro de Siduava, na cidade da Matola.

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