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Produtores reclamam altos custos de embalagens

Alguns produtores da província de Inhambane, Sul de Moçambique, reclamam elevados custos de embalagens, situação que prejudica o negócio.

“As embalagens são muito caras … eu não aguento”, disse Rachida Abdul Assis, que processa piri piri, produto que é posteriormente comercializado em Nhacoongo, distrito de Inharrime, um dos principais pontos de venda deste produto em Moçambique.

Ela compra as garrafas em que empacota o seu produto a preços que variam entre 30 meticais (1,1 dólar americano) a 84 meticais, o que não compensa tendo em conta os outros custos de produção, nomeadamente o piri piri, principal matéria-prima, cujo quilograma varia entre 50 e 60 meticais.

“O preço do produto final fica mais caro por causa dos investimentos e as pessoas não compram porque não há dinheiro”, disse Assis, que processa piri piri há cerca de 10 anos, acrescentando que “não vejo nenhuma vantagem de embalagem”.

O piri piri da Rachida Abdul Assis encontra-se exposto na presente Feira Internacional de Maputo (FACIM) iniciada na Segunda-feira passada.

Por sinal, quase todos os produtos expostos no stand da província de Inhambane possuem embalagens relativamente boas, em comparação com os de outras províncias do país.

O director da Indústria e Comércio em Inhambane, Américo Dujenga, disse que esta melhoria resultou da decisão das autoridades daquela província de proibir a exposição, na FACIM, de produtos sem embalagens próprias.

Segundo a fonte, este esforço está a resultar porque com a melhoria da estética e apresentação dos produtos, a conservação e os preços dos mesmos melhoram a favor dos produtores.

Apesar disso, Dujenga reconheceu que, actualmente, os custos da embalagem são muito elevados, considerando que são importadas a partir da vizinha África do Sul. A fonte disse que as autoridades estão a procurar ultrapassar esse constrangimento.

Na sequência disso, o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) lançou um concurso de embalagens no país. Dujenga disse acreditar que este problema será resolvido nos próximos anos, com o início da produção de embalagens ao nível do país.

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