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Produtores preferem vender algodão no Malawi

Produtores de algodão no distrito de Morrumbala, província da Zambézia, estão a abandonar o mercado nacional, vendendo a sua produção nos países vizinhos, particularmente Malawi. Em causa, estão os baixos preços que as empresas nacionais fomentadoras desta cultura de rendimento oferecem aos produtores em relação ao vizinho Malawi.

Só para dar um exemplo, um quilograma de algodão no país, custa 15 meticais, valor que para os produtores não recompensa o esforço empreendido para a produção desta cultura, tida como difícil no processo de crescimento.

Entretanto a OLAM, uma empresa fomentadora do chamado ouro branco, diz que este facto de os produtores preferirem o Malawi para venderem o seu produto tem vindo a prejudicar a empresa que, para esta campanha investiu mais de dois milhões de meticais na compra de insumos que foram concedidos a título de crédito para os produtores.

De acordo com o gestor de operações na OLAM Morrumbala, Ramesh Kumar a empresa vai para além de não cumprir com as metas traçadas para esta campanha, o facto também prejudica a economia moçambicana, visto que quem sai a ganhar neste cenário todo é o Malawi que aparentemente oferece bons preços de compra, já que este país compra a 30 meticais o quilograma, isto motiva os produtores.

De acordo ainda com Kumar, os produtores ao venderem o algodão no Malawi chegam a não pagar os insumos concedidos a crédito pela sua empresa como foi acordado no acto de entrega.

Ainda de acordo com a fonte, na campanha agrícola 2010/2011 a OLAM havia planificado comercializar mil toneladas de algodão caroço, mas até ao momento a empresa comprou apenas 130 toneladas, estando assim ainda longe do desejado.

Refira-se que naquele distrito, produtores de renome ameaçam abandonar a cultura de algodão, caso a empresa fomentadora desta cultura não aceite a subida dos preços de compra.

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