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Produtores de caju exigem mais apoios em Mogovolas

Produtores de castanha de caju no distrito de Mogovolas estão determinados a incrementar os volumes de produção daquela cultura estratégica para a economia, esses produtores pedem, para o efeito, apoio do governo no sentido de reforçar a disponibilidade de mudas de cajueiros para novos plantios.

Apesar de ser o maior produtor de castanha de caju ao nível da província nortenha de Nampula, que, por seu turno, é considerada a maior produtora da cultura ao nível do país, a ambição dos agricultores de Mogovolas não fica por ai.

Estão empenhados em incrementar ainda mais os actuais níveis de produção afim de corresponder à crescente procura da castanha e da fruta de caju que o meio rural está a registar.

Na nossa zona fazemos a destilação de aguardentes a partir da fruta do caju que conquistou o seu lugar no mercado, sobretudo urbano que regista compras cada vez mais consideráveis nos últimos tempos.

Por essa razão, o negócio da aguardente é o que mais lucros gera comparativamente aos rendimentos que advêm da comercialização da castanha e da amêndoa de caju assada por parte de muitas famílias – afirmou Luciano Manuel, produtor baseado no posto administrativo de Nanhupo-Rio.

O interlocutor ilustrou que o custo médio da castanha de caju na região norte é de 34 meticais por quilograma, acrescentando que este negócio desenvolve-se num espaço de três meses por ano.

Acrescentou que nos restantes nove meses, as comunidades ficam com as atenções concentradas na destilação de aguardentes cujos rendimentos suportam o investimento das famílias na habitação, compra de motorizadas e de gado bovino para fomento e fins agrícolas.

Dados colhidos pela nossa reportagem indicam que o litro do aguardente de caju de primeira e segunda qualidades é comercializado, actualmente, a 100 e 25 meticais, respectivamente.

Augusto Galinha, baseado na localidade de Nantira, que se acredita ser a região cujas populações mais se empenham na actividade de destilação de aguardentes à base da fruta de caju, explica que um tambor de 210 litros usado para fermentação da fruta seca de caju produz 20 de aguardente de primeira, equivalente a dois mil meticais.

Em cada mês, preparamos matériaprima para destilação correspondente a dez tambores, o que significa que arrecadamos 20 mil meticais em igual período, facto que não acontece em relação à castanha.

Por isso achamos importante aumentar a produção de castanha para fazer face à procura da sua fruta que está a registar uma tendência de crescimento nos últimos tempos.

Galinha sustenta, ainda, que o distrito possui um parque cajuícola envelhecido e os novos plantios de mudas híbridas tolerantes à doenças e pragas não está a acontecer ao ritmo desejado tendo em conta a procura da castanha e da fruta de caju, pelo que uma ajuda do governo no sentido de acelerar o processo seria bem-vinda.

Ao nível rural existe uma cadeia de comercialização da fruta seca de caju entre a população local, sendo que o saco de 50 quilogramas é vendido a 200 meticais no período de fartura e 500 meticais entre os meses de Agosto e Dezembro de cada ano considerado crítico.

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