Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Produção de algodão atingirá 200 mil toneladas anuais

A revitalização da produção de algodão está nas prioridades do Governo, que definiu como meta a produção 200 mil toneladas, do chamado “ouro branco” em 2020, não obstante o facto de Moçambique dispor de um mercado imprevisível em termos de preços.

O facto foi revelado, semana passada, pelo Ministro da Agricultura, José Pacheco, no final reunião de negociação do preço de algodão a vigorar na campanha 2012/13, que teve lugar na cidade de Mocuba, província central da Zambézia que juntou produtores e compradores.

Actualmente, o volume de produção algodoeira nacional situa-se em 77 mil toneladas e as expectativas para esta campanha também são promissoras, prevendo-se que sejam alcançadas 85 mil toneladas de algodão caroço, o que a ser concretizado representará um incremento em 20 por cento.

Pacheco, citado pelo Jornal “Diário de Moçambique”, revela que a previsão de incremento assenta em novas tecnologias que estão a ser introduzidas a título experimental, para além da própria semente que é de boa qualidade, havendo um campo de multiplicação no distrito de Mocuba, sob a égide da empresa MOCOTEX.

O plano de revitalização dos níveis de produção algodoeira, em Moçambique, está a ser delineado pensando-se na província da Zambézia, uma das regiões encarada, segundo Pacheco, como de enormes potencialidades à prática desta cultura de rendimento.

Para garantir o alcance da meta projectada, as autoridades identificaram a componente de extensão agrária como crucial, razão pela qual o titular da pasta agricultura apontou a necessidade de cada extensionista tornar-se produtor modelo, na perspectiva de disseminação de técnicas produtivas.

Mesmo sem a indústria têxtil operacional no país, o Ministério da Agricultura, tal como referiu José Pacheco, promete tornar o subsector do algodão numa real cadeia de valores a partir da presente campanha.

Trata-se de esforços que precisam de ser complementados pelos produtores e empresas fomentadoras, para além do próprio comportamento climatérico e dos mercados doméstico e internacional.

“Queremos fazer do algodão uma cadeia de valores, a partir desta campanha, e o desejo é que o clima seja de harmonia na negociação de preços, no sentido de alcançar consensos e equilíbrio de interesses entre os produtores e as empresas concessionárias”, referiu a fonte.

O algodão em Moçambique constitui uma actividade de sobrevivência para mais de 200 mil famílias, contando-se um total de 20 mil pessoas que encontram oportunidades de emprego, tanto em regime efectivo como eventual, neste ramo do sector produtivo nacional.

O volume das exportações atinge 40 milhões de dólares americanos anualmente, tendo como mercados de absorção a China, Índia, Singapura, Tailândia, entre outros países asiáticos.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!