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Procura de água pressiona lençol aquífero em Maputo

A Administração Regional de Águas do Sul (ARA-Sul), em Moçambique, diz estar em curso um projecto para permitir estabelecer mecanismos de monitoria com vista a regular a utilização das águas subterrâneas na cidade e província de Maputo.

Esta intervenção surge na sequência da existência de um elevado número de operadores privados, sobretudo na cidade de Maputo, que estão a abrir furos para a captação de água, algo que está a colocar o lençol aquífero sobre grande pressão. Actualmente, segundo a ARA-Sul, existem nas cidades de Maputo e Matola, a última capital da província de Maputo, cerca de 350 operadores informais, a maioria dos quais está baseada em bairros onde se verifica a carência de agua da rede pública do fornecimento do precioso líquido, abastecendo perto de 3000 cidadãos, contra os 600 mil clientes da empresa pública Águas de Moçambique.

A Directora-Geral da ARA-Sul, Olinda de Sousa, disse, em declarações ao matutino “Notícias”, que esta é a primeira intervenção desta dimensão na área das águas subterrâneas no país e, sobretudo, no abastecimento à cidade de Maputo. Segundo de Sousa, a instalação destes furos de monitoria irão dar maior precisão do que está a acontecer com o lençol aquífero, esperando-se que dados estejam disponíveis ainda este ano para a tomada de medidas tanto para regular o seu uso, bem como mitigar os possíveis impactos negativos.

Refira-se que uma grande pressão sobre o lençol aquífero, numa determinada região, pode ter como impacto o desequilíbrio no acesso ao recurso, com repercussões graves a longo prazo para o meio ambiente circundante.

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