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Pro-savana inicia fase experimental das sementes em 2012

O projecto tripartido, envolvendo os governos de Moçambique, Brasil e Japão, denominado Pro-Savana, vai, no início de 2012, começar uma fase experimental em duas farmas, onde serão testadas no solo as sementes destinadas a desenvolver as diversas culturas de rendimento.

Segundo António Sousa e Silva, embaixador do Brasil acreditado em Moçambique, a implementação do Pro-Savana já começou há um ano e meio, tendo até agora sido feito um levantamento que consiste na pesquisa dos solos com vista a desenvolver as sementes mais adequadas a eles.

O projecto agrícola, a ser desenvolvido numa área de 700 mil hectares na província de Nampula, norte do país, é muito semelhante àquele que foi levado a cabo no cerrado do Brasil, onde o Japão, em 1970, implementou um programa de desenvolvimento regional, e hoje é uma área de maior produtividade no Brasil.

”Assim decidimos replicar este projecto aqui em Moçambique, que foi bem sucedido no Brasil, até porque as características das áreas de desenvolvimento são semelhantes”, disse o chefe da missão diplomática brasileira, no final do encontro que os dirigentes das principais empresas que actuam no país mantiveram com a Presidente Dilma Rousseff, que visitou o país.

Em relação a exploração do carvão mineral nas reservas carboníferas de Moatize, província central de Tete, que tornou o Brasil num parceiro de maior visibilidade no país, Silva disse que a primeira exportação saiu em Setembro último com destino ao Qatar e a próxima esta prevista para o final do ano.

Todavia, há ainda questões que devem ser devidamente equacionadas como são os casos do porto e da ferrovia, por não oferecerem até agora as condições desejadas e, por conseguinte, as exportações até aqui feitas constituem uma autêntica experiência.

O diplomata disse que o Brasil vai, na altura em que a actividade tiver maior ímpeto, comprar o carvão moçambicano, o que contribuirá para a balança de pagamento do país com relação ao Brasil, e uma das ideias da estadista daquele país latino-americano é como aproveitar esse ganho para impulsionar um comércio mais activo.

Com relação a construção da fábrica de produção de anti-retrovirais no país, assunto que suscita muito interesse dos moçambicanos, o embaixador disse tratarse de um “facto consumado”, devendo ficar pronta dentro de dois meses para, de seguida, começar a receber os respectivos equipamentos, cuja maior parte já está em solo moçambicano.

No entanto, mesmo depois de instalados os equipamentos e iniciada a produção, o produto tem de ser, segundo Silva, guardado por seis meses, depois submetido a análises laboratoriais para saber se está em conformidade com os padrões recomendados, se estiver, poderá ser colocados no mercado.

Em relação a inauguração oficial, a mesma poderá acontecer logo que a fábrica estiver concluída, isto é, até ao primeiro trimestre de 2012, mas tudo dependerá da conveniência das agendas dos dois líderes, quer do Brasil, quer de Moçambique.

António Sousa e Silva disse que Moçambique detém a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e vai, em Julho próximo, acolher a cimeira deste organismo, e nessa altura se pode inaugurar formalmente a fábrica.

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