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PRM prende 18 homens e mulheres por ilícitos eleitorais

Pelo menos 18 pessoas, das quais cinco mulheres, foram detidas, em algumas das 53 autarquias moçambicanas, por envolvimento em ilícitos eleitorais no dia da votação, 10 de Outubro. Noutras cidades e vilas, houve também escaramuças espevitadas pelos resultados eleitorais em divulgação, que contraíram as pretensões da Renamo e dos seus simpatizantes e membros.

O porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, disse que houve 11 ilegalidades, sendo quatro de propaganda nas mesas de assembleia de voto (mmv), duas relacionadas com o uso de telemóvel na cabine de votação.

Adicionalmente, dois indivíduos tinham em sua posse mais de um boletim de voto. Outros três cidadãos foram presos por desobediência e ameaça aos membros das mesas de voto.

Um dos casos aconteceu na cidade de Lichinga e envolveu um cidadão de 20 anos de idade, que no dia da votação tinha em seu poder dois cartões de eleitor.

O facto foi descoberto numa assembleia de voto no bairro de Expansão. Nas autarquias de Montepuez, Mocímboa da Praia, Manica, Chimoio, Nacala-Porto, Lichinga, Marromeu e Quelimane, alguns mmv foram alvos de arremessos de pedras por cidadãos que contestavam os resultados preliminares da votação, divulgados pelos órgãos eleitorais.

Os factos aconteceram nas primeiras horas dos dias 10, 11 e 12 de Outubro, disse Inácio Dina, em conferência de imprensa, na sexta-feira (12).

A corporação confirmou, também, que na mesma sexta-feira, pessoas, alegadamente, membros e simpatizantes da Renamo, levaram a cabo acções de desordem, contestando os resultados provisórios da votação, que davam vantagem à Frelimo em Montepuez, Mocímboa da Praia e Chimoio.

No Chimoio, por exemplo, dois membros da Renamo, entre eles o delegado político em Manica, Sofrimento Matequenha, foram mantidos horas a fio em cárcere e brutalmente violentados, indiciados de venda de votos à Frelimo. Por conseguinte, cinco indivíduos foram detidos em conexão com o caso, disse o Francisco Simões, comandante distrital da PRM, em Manica.

Em Montepuez, o cabeça-de-lista da Renamo, Secundino Maqueiro, foi também espancado, acusado igualmente de venda de votos ao partido no poder. As vítimas foram resgatadas pela PRM e mantidas nas unidades policiais por receio de que o pior podia lhes ocorrer.

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