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PRM e agentes económicos preparam a quadra festiva

O comandante geral da polícia moçambicana (PRM), Jorge Khálau, exortou na quarta-feira os agentes económicos e representantes das empresas de segurança privadas a trabalharem com as autoridades policiais na prevenção de roubos e assaltos que normalmente ocorrem por essas alturas da quadra festiva.

Khalau falava, em Maputo, durante uma reunião com os agentes económicos e representantes das empresas de segurança privada com o propósito de definir estratégias com vista a prevenir estes actos criminosos, no âmbito dos trabalhos que a PRM tem vindo a realizar nesse sentido.

“Queremos, uma vez mais, à semelhança dos anos transactos, encorajar-vos a juntar vossos esforços aos da PRM, desenvolvendo acções que visam prevenir a ocorrência de roubos e assaltos dentro das vossas empresas durante a quadra festiva”, disse Khálau, salientando que “as nossas empresas contribuem para o desenvolvimento do país, por isso não vamos admitir que em fracção de segundo alguém entre e roube o dinheiro, isso é brincadeira”.

Khálau sublinhou que alguns dos roubos “são protagonizados pelos próprios agentes/trabalhadores das empresas”. “Não vamos esquecer que alguns casos de assaltos são perpetuados pelos próprios gerentes das empresas, os secretários, os agentes de segurança que às vezes colaboram com os ladroes. É preciso tomarmos muita atenção sobre estes casos”, alertou.

“Não é possível que o ladrão saiba que na hora X a empresa está a contar o dinheiro. Alguém colaborou e nós estamos prontos para auxiliarmos às empresas de segurança na movimentação de dinheiro sem nada em troca, porque trabalhamos para o povo e a nossa missão é garantir a ordem e tranquilidade públicas do cidadão”, disse Khálau.

Por seu turno, os empresários queixaram-se da falta de responsabilidade e civismo de alguns agentes da PRM, bem como da não intervenção, em alguns casos, destes agentes e do pessoal da segurança privada afectos próximo ao local onde estiver a ocorrer o roubo, pura e simplesmente porque, segundo eles, “os seus órgãos não celebraram nenhum contracto com o estabelecimento/empresa que esteja a ser assaltado”.

Segundo os empresários, o facto de o polícia em serviço (que vela pela lei e tranquilidade públicas) não intervir em situações de roubo ou assaltos e limitarse simplesmente em assistir “dá a entender que este colabora com o ladrão e por isso é criminoso”.

O comandante disse reconhecer que alguns agentes da corporação estejam infiltrados em grupos de criminosos, tendo anunciado que oito polícias na cidade de Maputo estão nas celas por se terem envolvido em actos de corrupção, extorsão e assaltos simulados. Khálau disse ainda que, actualmente, “o Ministério do Interior está realizando uma campanha de combate ao crime, um trabalho que começa com a limpeza interna de todos os agentes que se deixam levar pelo dinheiro, denegrindo a “boa” imagem da PRM.

Entretanto, além do reforço da patrulha nos bairros, o comandante garantiu que a PRM vai usar todos os meios necessários e legais de modo a manter a ordem e tranquilidade públicas aos cidadãos, durante e depois da quadra festiva que se avizinha. “Vamos usar todos os meios, da inteligência e da contra inteligência”, garantiu.

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