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Presidentes europeus boicotam Ucrânia por punir oposicionista

A Ucrânia enfrenta, Quinta-feira, mais pressões internacionais por causa do tratamento dispensado à líder de oposicão Yulia Tymoshenko, enquanto o governo advertiu que os adeptos das selecções europeias de futebol serão os maiores prejudicados por eventuais boicotes à Eurocopa, que será disputada em Junho e Julho no país.

Nove líderes europeus decidiram não participar numa cúpula centro-europeia este mês na ex-república soviética, para deixar clara a sua insatisfação com a prisão de Tymoshenko, vista pelo Ocidente como símbolo do declínio dos valores democráticos na Ucrânia.

O boicote pode repetir-se na Eurocopa, torneio continental de selecções que será realizado conjuntamente com a Polónia, e com a qual Kiev esperava mostrar-se ao mundo como uma moderna nação europeia.

Os presidentes da Alemanha, Áustria, Itália, Croácia, Estónia, Eslovénia, Bulgária e República Checa já anunciaram a intenção de não comparecer à cúpula dos dias 11 e 12 de Maio no balneário de Yalta, que terá como anfitrião o presidente Viktor Yanukovich.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, também diz não ter a intenção de ir à Ucrânia por causa da situação de Tymoshenko, que alega ter sido presa a mando da Yanukovich, e afirma temer por sua vida.

A representação da União Europeia na Ucrânia disse, Quinta-feira, que todos os demais 26 comissários (ministros) do bloco devem assumir uma posição semelhante. O boicote à cúpula informal, que no ano passado ocorreu na Polónia e reuniu 20 chefes de Estado, pode causar um constrangimento à Ucrânia, que diz ter a intenção de aderir à União Europeia no futuro.

Mas o boicote à Eurocopa seria ainda mais doloroso para Kiev, que, Quinta-feira, alertou contra tentativas de politizar o torneio.

“Um campeonato bem sucedido será uma vitória não para políticos, partidos ou ideologias, mas para todos os ucranianos e poloneses. o seu fracasso será uma derrota para milhões”, disse a chancelaria em nota.

Tymoshenko, ex-primeira-ministra que é a maior rival de Yanukovich, foi sentenciada em Outubro a sete anos de prisão por abuso de poder. O Ocidente diz que o julgamento foi politicamente motivado.

os políticos estrangeiros reagiram horrorizados, semana passada, às denúncias de que ela foi agredida na penitenciária onde cumpre a pena, na cidade de Kharkiv, uma das sedes da Eurocopa.

A política faz greve de fome desde 20 de Abril em protesto contra os maus tratos. As autoridades carcerárias negam a ocorrência de abusos contra Tymoshenko.

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