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Presidente maliano indulta 750 presos

O Presidente maliano, Ibrahim Boubacar Kéita, concedeu a sua amnistia, por ocasião da celebração, esta segunda-feira (22), do 54º aniversário da ascensão do Mali à independência, a 750 prisioneiros de direito comum, cujas penas foram reduzidas ou anuladas.

No quadro do 54º aniversário da independência, o Presidente maliano procedeu igualmente esta segunda-feira ao depósito dum ramos de flores no monumento da Praça da Independência situado em Bamako Coura, no centro da capital maliana.

A cerimónia realizou-se na presença de titulares de medalhas de ouro da independência, de membros do Governo e das instituições da República e pouco depois o Presidente Ibrahim Boubabacar Kéita deslocou-se ao quartel de Kati, a 15 quilómetros de Bamako, para uma cerimónia militar.

Domingo à noite, numa alocução à nação, o Presidente maliano passou em revista a vida da nação, que, além das dificuldades conjunturais, está a registar progressos. Ele disse estar preocupado com a situação difícil dos trabalhadores malianos e notou que  as negociações continuam com os sindicatos a fim de encontrar «uma solução justa, eficaz e duradoura” para a forte procura social.

Um braço-de-ferro opõe actualmente a União Nacional dos Trabalhadores do Mali (UNTM), a principal central sindical do país, ao Governo em torno das reivindicações visando melhorar as condições de vida e laboral dos trabalhadores. A UNTM decretou no início de Setembro corrente uma greve de 48 horas que teve uma forte aderência.

O Presidente Kéita reafirmou o compromisso do Estado maliano de privilegiar o diálogo, fazendo alusão às recentes negociações em curso em Argel (Argérlia) entre os grupos armados e o Governo maliano para o regresso da paz ao norte do Mali, palco há vários anos de revoltas exacerbadas hoje pela intrusão de jihadistas e terroristas que actuam na faixa sahelo-sariana.

As negociações estão a avançar apesar de algumas dificuldades inerentes a qualquer negociação deste tipo e culminarão num acordo cuja assinatura está prevista para o território maliano, precisou. Ele anunciou ainda a reabilitação do instrumento de defesa e segurança cuja fraqueza favoreceu a derrota do Exército maliano em 2012 face aos grupos armados.

O Presidente maliano prestou uma vibrante homenagem a França, à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), ao Tchad e à União Africana (UA), graças às quais o pior foi evitado no Mali, ocupado durante quase 10 meses por jihadistas expulsos a partir de Janeiro de 2013 por estas forças que apoiaram o Exército maliano.

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