O Zanzibar está a viver desde esta quarta- feira uma nova fase da sua história com a prestação de juramento do sétimo Presidente da ilha, Ali Mohammed Shein, na sequência das eleições gerais que puseram termo a vários anos de tensão e de antagonismo entre as diferentes formações políticas. “O amor e a amizade devem caraterizar a nossa nação enquanto nos esforçamos por construir um novo Zanzibar para as gerações atuais e futuras”, disse Shein à multidão que convergiu para o estádio de Amaan, no centro da cidade.
O novo Presidente disse que as ilhas situadas ao largo da África Oriental, que formam uma parte da República Unida da Tanzânia, são agora pacíficas graças ao acordo assinado entre o Chama Cha Mapinduzi (CCM, partido no poder), e a Frente Cívica Unica (CUF)- outrora ferozes rivais devido a divergências sobre os resultados das eleições gerais passadas.
Shein prestou homenagem ao secretário-geral da CUF, Seif Shariff Hamad, e ao Presidente cessante, Amani Abeid Karume, por terem suscitado o acordo mútuo entre os dois partidos políticos sobre as ilhas. “Eles merecem uma homenagem apoiada por este êxito”, disse Shein, que deverá formar um Governo de Unidade Nacional no qual Hamad deve ser o número dois.
Karume é o filho do Presidente fundador do Zanzibar, Abeid Amani Karume, que dirigiu a revolução armada que destituiu o sultanado instalado a 12 de Janeiro de 1964. A ilha foi rapidamente incorporada no Tanganika a 26 de Abril de 1964, para formar a República Unida da Tanzânia.
Shein, de 62 anos de idade, era até às eleições gerais de domingo, Vice- Presidente da Tanzânia, um posto que ele ocupava desde 2001 sob a administração do ex-Presidente Benjamin Mkapa e do Presidente Jakaya Mrisho Kikwete desde 2005.
