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Presidente-eleito de Cabo Verde é genro de Máximo Dias

O presidente-eleito do arquipélago de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, advogado e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país africano de língua oficial portuguesa, é genro do político moçambicano e líder do MONAMO, Máximo Dias.

Candidato pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição), Jorge Fonseca ganhou a segunda volta das eleições presidenciais realizada domingo passado em Cabo Verde, “muito com a ajuda da esposa”, Lígia Fonseca, que faz precisamente, esta Quarta-feira, 48 anos de idade, segundo o pai, o político e advogado moçambicano Máximo Dias.

Nascida na cidade da Beira, a 24 de Agosto de 1963, Lígia fez Direito na Universidade Clássica de Lisboa, em Portugal, onde igualmente leccionou o mesmo curso em Évora (Portugal), em Macau e em Cabo Verde.

A uma pergunta do Correio da manhã, Máximo Dias disse que, “em princípio”, irá assistir à tomada de posse do genro, em Setembro próximo.

“Sou advogado no activo, caso não haja contingências profissionais impeditivas, em princípio irei assistir à cerimónia de tomada de posse”, especificou.

Planos como primeira-dama

Lígia Fonseca já deixou clarou que na qualidade de primeira-dama de Cabo Verde vai preocupar-se com os problemas sociais, utilizando a sua visibilidade e influência para ajudar as pessoas.

“A minha contribuição para Cabo Verde será ajudar o presidente no cumprimento das promessas que fez. Garanto que vou utilizar a influência como mulher do presidente para ajudar na resolução de algumas questões prioritárias relativamente à infância, à juventude, mulheres e cidadania”, sublinhou.

Sem deixar de exercer a sua profissão, Lígia Fonseca adiantou que utilizará o seu saber e os seus conhecimentos para, trabalhando ao lado do presidente e em parceria com as instituições públicas e privadas, ajudar a solucionar os problemas que são mais visíveis na sociedade caboverdiana.

“Estarei junto dessas instituições, entre as quais as associações e as fundações e emprestarei o meu saber, os conhecimentos para apoiar-lhes nos objectivos que perseguem em defesa da juventude com mais oportunidade, de uma infância feliz, de maiores e melhores oportunidades para as mulheres”, assegurou, após o anúncio oficial da vitória do esposo nas eleições de domingo.

Perfil do futuro PR de Cabo Verde

O advogado e constitucionalista Jorge Carlos Fonseca (60 anos), pai de três filhas, foi ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde entre 1991 e 1993, levando o arquipélago, pela primeira vez, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Nas presidenciais de 2001 candidatou-se como independente, mas não chegou a passar à segunda volta, disputada entre Carlos Veiga e Pedro Pires.

Um dos protagonistas da transição democrática, Jorge Carlos Fonseca, natural do Mindelo (ilha de São Vicente), onde nasceu a 20 de Outubro de 1950, foi um dos fundadores do Partido da Convergência Democrática (PCD), em 1994, e foi seu vice-presidente até 1998.

Licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, Mestre em Direito (Ciências Jurídicas) pela Faculdade de Direito de Lisboa, escritor, advogado e jurisconsulto também alcunhado por Zona, foi o primeiro a assumir-se como candidato às presidenciais em Cabo Verde, anunciando-se como tal a 2 de Dezembro de 2010. Entre 1977 e 1979 exerceu o cargo de Secretário Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde.

Actualmente, além da advocacia, é director do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, na Cidade da Praia. Depois de Graça Machel, esposa de Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul, Lígia Fonseca torna-se, assim, na segunda mulher nascida em Moçambique a fazer o papel de primeira-dama no estrangeiro.

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