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Presidente do MISA Moçambique recomenda “profissionalismo” aos jornalistas como resposta à desinformação nas redes sociais

Presidente do MISA Moçambique recomenda “profissionalismo” aos jornalistas como resposta à desinformação nas redes sociais

Foto de Adérito CaldeiraO presidente do Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA) em Moçambique recomendou aos jornalistas “um maior nível de profissionalismo onde os factos devem a cada momento serem testados e questionados antes da sua divulgação”, como resposta à crescente desinformação que é amplificada pelas redes sociais.

Intervindo na abertura do evento que em Maputo assinalou o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Fernando Gonçalves começou por destacar o papel do jornalista durante os períodos eleitorais, “os eleitores precisam de estar devidamente informados sobre o tipo de ideias que cada uma das forças políticas tem a oferecer quando estiver no Governo. E é aqui onde se torna relevante o papel da imprensa como transmissor dessas ideias permitindo que o público eleitor faça escolhas numa base informada”.

“Para que a imprensa possa desempenhar cabalmente essa função é essencial que os seus agentes, que são os jornalistas, estejam em condições de actual num ambiente de liberdade, de independência e de pluralismo, livres de qualquer tipo de interferência e de intimidação”, declarou.

O presidente do MISA Moçambique enfatizou que: “Não há, nem poderá haver uma sociedade democrática que se dê ao luxo de prescindir dos valores de uma imprensa verdadeiramente livre”, afinal a Comunicação Social é o principal vector da Liberdade de Expressão.

Gonçalves alertou: “Nos dias que correm, e em parte em consequência dos avanços tecnológicos de que desfrutamos, a Liberdade de Imprensa tem sido ameaçada, também pela manipulação destes meios tecnológicos pela difusão de informação que é manifestamente falsa. Isto coloca os meios de comunicação social numa situação de descrédito perante o público e momentos eleitorais são férteis nestas práticas especialmente devido a determinação dos políticos de formatarem e manipularem o pensamento dos eleitores”.

“A resposta que deve ser dada a este fenómeno, por parte do sector convencional da Comunicação Social, é cada vez um maior nível de profissionalismo onde os factos devem a cada momento serem testados e questionados antes da sua divulgação”, recomendou o presidente do MISA Moçambique que é uma dos mais experientes jornalistas moçambicanos.

Na abertura da mesma conferencia Eduardo Constantino, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ), concordou com o presidente do MISA Moçambique: “Hoje vemos como a confiança dos cidadãos no trabalho da mídia está desgastando-se de maneira perigosa. A mídia enfrenta uma série de desafios que, a longo prazo, poderão minar o seu papel de pedra angular nos sistemas democráticos”.

Relativamente ao “Jornalismo e Eleições em Tempo de Desinformação”, que foi um lema da data em Moçambique, Constantino disse: “Gostaríamos muito sinceramente de ver a mídia moçambicana a desempenhar o seu papel primordial que é de informar e não de ser actor do processo como alguns já nos habituaram”.

Mas se o apelo do secretário-geral do SNJ era dirigido aos mídias independentes serve também para os órgãos de Comunicação Social públicos que são actores da propaganda do partido Frelimo.

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