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Premio ‘Mo Ibrahim’ mais uma vez sem vencedor

O Prémio Mo Ibrahim, que distingue com cinco milhoes de dolares norte-americanos a ex-chefes de Estado ou de Governo africanos que tenham promovido uma boa governação, não será entregue pelo segundo ano consecutivo, foi esta segunda-feira anunciado.

O anúncio estava marcado para esta segunda-feira, em Londres, mas foi cancelado depois de o júri, que reuniu Sábado ultimo, ter comunicado que não tinha seleccionado nenhum vencedor. Segundo o comité de sete elementos, presidido pelo ex-Secretario- Geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, “não houve candidatos nem novos desenvolvimentos” em relação ao ano anterior.

Em 2009, o júri afirmou ter considerado “candidatos credíveis” mas decidiu, após uma “análise profunda”, não atribuir o prémio. Além de Kofi Annan, fazem parte do comité Graça Machel, Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Acha Diallo, ex-Ministra da Educação da Guiné, Salim Ahmed Salim, ex-Primeiro-Ministro da Tanzânia, Martti Ahttisaari, ex-Presidente da Finlândia, a ex- Presidente da República da Irlanda, Mary Robinson, e Mohamed ElBaradei, Diretor- Geral da Agência Internacional de Energia Atómica.

O Prémio MO Ibrahim para o Sucesso na Liderança Africana visa reconhecer líderes africanos que tenham dado provas de excelência na liderança política. Está aberto a ex-Chefes de Estado ou de Governo de países da África Austral que tenham deixado de exercer funções nos últimos três anos e dado provas de liderança exemplar. Os ex-Presidentes sul-africano, Thabo Mbeki, ganês, John Kufuor, e nigeriano, Olusegun Obasanjo, eram candidatos possíveis.

Criada em 2007 e entregue anualmente, a distinção foi entregue na primeira edição ao ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, e em 2008 ao ex-Presidente do Botswana, Festus Gontebanye Mogae. O valor do prémio é distribuído durante dez anos em tranches de 500 mil dólares. O formato é visto como uma forma de oferecer segurança monetária a dirigentes africanos que abandonem o poder. O fundador e Presidente da Fundação Mo Ibrahim, responsável pela iniciativa, disse ‘respeitar a decisão’ do Comité, a quem atribui a “experiência e conhecimento” para a escolha.

“As condições determinadas para o vencedor do prémio são elevadas e o número de potenciais candidatos anualmente é pequeno”, justificou o empresário Mo Ibrahim. “Por isso”, advertiu, “é provável que existam anos sem que seja atribuído nenhum prémio”. Embora reconheça avanços económicos e na governação em muitos países africanos, rejeitou complacência e anunciou novos esforços a partir do próximo ano.

Em Novembro, a Fundação vai anunciar a criação de Bolsas de Liderança Ibrahim, destinadas a identificar e preparar a nova geração de líderes africanos ao dar a oportunidade de receberem conselhos em instituições multilaterais. A Fundação Mo Ibrahim é também responsável pela elaboração de um índice que avalia a boa governação nos países da África Austral.

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