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Portugal e Espanha travam duelo ibérico na Cidade do Cabo

É a primeira vez que as duas seleções, que enfrentam-se desde 1921, disputam uma partida de um Campeonato do Mundo. O jogo de hoje às 20h30, no estádio Green Point, vale um lugar nos quartos de final.

Portugal e Espanha são rivais seculares, dividem a península ibérica, e a  disputa por novos mundos e pela fronteira entre os dois países transformou o convívio numa rivalidade que é cultural, social, política e, claro, desportiva.

Por ser um jogo dos oitavos de final apenas uma seleção poderá continuar a sonhar com o troféu da FIFA e por isso este é o jogo mais importante da história desta rivalidade.

As duas seleções chegam a este momento em alta, ambas apresentam gerações de sucesso. Com a turma de Cristiano Ronaldo, Deco, Simão, Raul Meireles, entre outros, os lusitanos voltaram e despertar o temor dos adversários. Têm feito campanhas consistentes em Mundiais (foi semifinalista em 2006) e no Europeu (foi finalista em 2004).

A Fúria Roja esbanja talento sobretudo no meio de campo: Xabi Alonso, Iniesta, Xavi. Na frente, dois goleadores: David Villa e Fernando Torres. Uma equipa de respeito, que conquistou o campeonato Europeu em 2008 e desembarcou na África do Sul com o rótulo de favorito ao título Mundial.

Apesar deste ser o primeiro encontro entre as duas equipes numa Copa do Mundo, elas já se cruzaram várias vezes em amistosos e jogo oficiais. Foram 32 confrontos no total, e a vantagem espanhola é gritante: 15 vitórias e 12 empates. Os lusitanos venceram apenas cinco vezes. Esta história tem 89 anos.

O primeiro clássico foi disputado em 18 de dezembro de 1921 e a Fúria venceu: 3 a 1, em Madri. O técnico Carlos Queiroz, de Portugal, não liga para esses números. “Estatísticas não servem para nada quando o jogo começa.” A última vez que os dois rivais ibéricos encontraram-se foi há seis anos, na primeira fase da Eurocopa 2004, disputada em Portugal. A equipa da casa, jogando em Lisboa, venceu por 1 a 0.

Tanto Carlos Queiroz quanto seu colega espanhol, Vicente Del Bosque, não abrem o jogo e mantêm os onze que vão entrar em campo em segredo. Pelo lado da Fúria, a dúvida é com relação ao estado físico do mádio Xabi Alonso, que torceu o tornozelo na última sexta-feira, durante confronto contra o Chile, pela fase de grupos. O jogador do Real treinou nesta segunda, mas Del Bosque prefere esperar para confirmar a equipe.

“Xabi treinou, mas ainda preciso esperar para ver como ele vai amanhecer esta terça, se a inflamação do tornozelo irá voltar ou não.”

Pelo lado lusitano, a questão que só vai ser esclarecida momentos antes da partida se refere ao esquema tático da equipe. Queiroz pode mandar a campo uma equipa com um trio ofensivo (Cristiano Ronaldo, Hugo Almeida – ou Liedson – e Simão) ou ainda tirar Simão para reforçar o meio de campo. Deco, que está recuperado de lesão nas costas, seria uma opção. Pelo discurso de Queiroz, Portugal deve entrar ao ataque, com uma formação mais ousada.

“Temos de pensar em ganhar do primeiro ao último minuto. Só uma coisa é certa num jogo como esse: ir para frente.”

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