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Porto da Beira: dragagem de emergência na fase derradeira

Os trabalhos de dragagem de emergência no porto da Beira, na província de Sofala, centro de Moçambique, estão na sua fase final, prevendo-se que venham a ser concluídos na próxima semana.

Esta informação foi revelada recentemente a jornalistas pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Rosário Mualeia.

O interlocutor garantiu igualmente que a dragagem no porto de Maputo já foi concluída, sendo que estão já criadas condições para o mesmo receber navios de grande calado, ou seja, até 60 mil toneladas.

A dragagem, avaliada em 15 milhões de dólares, iniciou no fim de Setembro do ano passado, com uma duração de cerca de seis meses.

“A dragagem do porto de Maputo já terminou e o trabalho de dragagem do porto da Beira está ainda em curso e vai terminar na primeira quinzena de Julho. Portanto, no que refere a dragagem está tudo a correr como o planificado” garantiu.

Os trabalhos de dragagem de emergência no canal principal de acesso ao Porto da Beira, num total de 22 quilómetros de comprimento, iniciaram a 28 de Julho do ano passado, com a previsão de duração de 14 meses. No fim dos trabalhos, o canal de acesso estará livre para receber navios de grande calado.

A dragagem do porto da Beira custou cerca de 43 milhões de Euros (61.3 milhões de dólares americanos), dos quais 23 milhões correspondem à participação do Governo moçambicano, através de um financiamento do Banco Europeu de Investimentos (EIB), 10 milhões de fundos do próprio CFM e igual montante proveniente de um donativo do Governo da Holanda para o Desenvolvimento (ORET).

Os trabalhos estão a ser realizados por duas dragas que operam 24 horas ininterruptamente. Para a execução dos referidos trabalhos, foi contratada a empresa holandesa “Van Oord Dredging and Marine Contractors bv” que foi apurada num concurso público internacional, cujo contrato da empreitada entrou em vigor a 24 de Março de 2010.

A supervisão das obras será executada pela própria empresa Caminhos-de-Ferro de Moçambique com a assistência técnica do consultor holandês abreviado pela sigla DHV.

Com a reposição da transitabilidade no canal de acesso serão atingidos os níveis originais de modo a permitir a recepção de navios até à chamada classe dos Panamax, ou seja, navios com calado até 60 mil toneladas.

Além disso, o canal estará aberto 24 horas por dia e em condições de segurança. Enquanto isso, está em processo de aquisição de uma draga oceânica que vai fazer a dragagem regular do canal de acesso ao porto da Beira.

Os trabalhos de dragagem permitem o aumento da capacidade de manuseamento de carga nos portos, bem como a redução dos custos logísticos, contribuindo para a aplicação de melhores preços aos consumidores.

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