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Moçambique exemplo na recuperação económica pós-conflito armado

Moçambique acaba de ser apontado pelo Banco Mundial (BIRD) como exemplo a ser seguido por vários países africanos que acabam de sair de conflitos armados ou que estão em vias disso, no concernente à recuperação da sua economia após anos de violência e destruições.

O Gana é apontado pela mesma instituição financeira internacional como exemplo na recuperação da sua indústria de cacau depois de quase colapso total nos anos 80, assim como na realização de esforços para ultrapassar “políticas errôneas no sector da Energia, através de produtores independentes”.

O Ruanda é outro “exemplo de sucesso” apontado pelo facto de aquele país ter conseguido a reforma do sector do café, enquanto o Quénia se destacou na liberalização dos adubos e o Burquina Faso no fim da dependência exagerada das exportações de algodão.

A República Unida da Tanzânia e o Botsuana são aplaudidos neste documento pelo sucesso registado nas reformas económicas abrangentes e investimentos criteriosos das receitas de diamantes, respectivamente. Estes casos vêm relatados no livro Sim, África Pode: Histórias de Sucesso de um Continente Dinâmico, posto à disposição do público na passada quinta-feira no Maputo.

A obra conjectura à volta do desempenho de alguns países depois de passarem por crises financeiras global e de conflitos armados, na maioria dos países do continente negro.

Critérios

O livro dá uma perspectiva daquilo que resultou e porquê, inspirando-se em 26 estudos de casos, 20 dos quais têm um âmbito nacional e os outros seis envolvem múltiplos países, havendo ainda a destacar histórias de sucesso bem conhecidas como os investimentos inovadores em capital humano e a diversificação económica nas Maurícias e Botsuana, assim como outras menos célebres, como, por exemplo, o facto de a Somalilândia ter serenamente emergido como um posto comercial fiável no Golfo de Áden.

“As duas últimas décadas caracterizaram-se por um progresso notável na África Subsariana, pelo que resolvemos esquematizar as determinantes desses sucessos”, disse Shanta Deverajan, economista-chefe do Banco Mundial para África, no lançamento do livro.

Por seu turno, Punam Chuhan-Pole, principal editor do livro, destacou que enquanto as circunstâncias precisas do anterior crescimento lento de África variam de país para país, de uma forma geral existem duas causas principais, a saber: falhas do mercado e mau funcionamento dos governos.

“As falhas de mercado podem ser corrigidas com a criação de incentivos para a consecução dos resultados desejados, mas as falhas do governo são mais difíceis de resolver, porque, normalmente, resultam do calculismo frio de indivíduos poderosos”, explicou.

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