Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Porto da Beira: draga oceânica chega dentro de dois anos

O porto da Beira, na província central de Sofala, em Moçambique, deverá receber uma draga oceânica com capacidade para a extracção de 2.500 metros cúbicos de sedimentos dentro de dois anos.

Actualmente, segundo o administrador executivo da empresa Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique, Adelino Mesquita, está a ser finalizado o contrato para a construção da draga.

A nova draga, de fabrico dinamarquês, está avaliado em cerca de 60 milhões de dólares desembolsados pelos governos de Moçambique e da Dinamarca, através da Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional (DANIDA).

A draga oceânica vai permitir resolver os problemas de assoreamento rápido que dificulta o acesso dos navios de grande tonelagem àquele porto. Em Moçambique, o porto da Beira é o que mais sofre com problemas de assoreamento.

A situação agravou-se pelo facto de desde a sua reabilitação, nos finais dos anos 90, o porto não ter beneficiado de uma dragagem regular, facto que levou a acumulação de volumes de dragados no canal de acesso e da bacia de manobras.

Depois da criação da Empresa Moçambicana de Dragagem (EMODRAGA), pelo decreto 38/94, de 13 de Setembro, a limpeza do canal de acesso ao porto era feito pelas dragas Rovuma, Aruangwa e, posteriormente, pela Alcântara Santos, recentemente recebida do Japão.

As duas últimas têm uma capacidade de mil metros cúbicos cada e a primeira, 1.500 metros cúbicos. Porém, a situação deteriorou-se com o afundamento da draga Rovuma em Maio de 2007, bem como com a transferência da “Aruangwa” para Maputo.

Neste momento, a dragagem regular no porto da Beira é realizada por duas dragas japonesas com capacidade de extracção de mil metros cúbicos de sedimentos.

“O porto da Beira sofre mais com assoreamento e precisa de mais dragagem. Temos estado a fazer a manutenção regular do porto e contamos com duas dragas do Japão com capacidade para remover mil metros cúbicos de sedimentos cada uma, mas é preciso uma draga maior. Neste momento estamos a finalizar o contrato para a construção de uma draga que vai chegar dentro de 18 ou 24 meses” explicou.

Adelino Mesquita revelou esta informação nesta segunda-feira, em Maputo, no decurso do seminário sobre oportunidade de investimentos em infra-estruturas em Moçambique, organizado pelo Ministério dos Transportes e Comunicação (MTC).

O seminário sobre financiamento a infra-estruturas envolveu técnicos de instituições moçambicanas públicas e privadas, bem como um grupo de 30 empresários portugueses que se encontram em Moçambique a busca de oportunidades de negócio.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!