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População moçambicana cresce em 32.4 por cento em 10 anos

A população moçambicana registou um incremento de mais de 4.9 milhões de pessoas entre 1997 e 2007, segundo os resultados do III Censo da População e Habitação, divulgados na quarta-feira, em Maputo, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assim, o incremento da população foi na ordem de 32.4 por cento, tendo em conta que, em 1997, esta se situava em 15.278.334 pessoas e, em 2007, a mesma passou para 20.226.296 pessoas. Segundo os dados, 29.8 por cento da população registada em 2007 vivia nos centros urbanos e, a grande maioria, 70.2 por cento, nas zonas rurais. Do total da população recenseada, 9.734.684 são homens e 10.491.612 mulheres. Isto significa que em cada 100 mulheres há 93 homens.

As províncias de Nampula (Norte) e Zambézia (centro do país) totalizam, no conjunto, 38.7 por cento da população moçambicana. Com efeito, Nampula registou 3.985.285 habitantes, o que corresponde a 19.7 por cento, e a Zambézia contabilizou 3.848.274 habitantes, o mesmo que 19 por cento da população do país. De acordo com o Censo de 2007, as pessoas que professam a religião católica constituem a maioria em Moçambique (28.4 por cento da população total do pais).

Em segundo lugar estão as que professam a religião islâmica (17.9 por cento) e o Zione/Sião (15.5 por cento). De referir que uma boa parte da população (18.7 por cento) não pertence a qualquer religião. A directora das Estatísticas Sociais no INE, Fátima Zacarias, que apresentou os resultados do Censo, explicou que com base na classificação das Nações Unidas o Censo 2007 pode ser considerado como tendo sido “Muito Bom”, pois a taxa de omissão foi apenas de dois por cento.

Segundo a ONU, um Censo da população é “Muito Bom” se a taxa de omissão se situar entre 2-4 por cento. Neste Censo da População, as maiores taxas de omissão registaram-se nas províncias de Niassa (3.9 por cento), Sofala (2.8 por cento), Nampula (2.7 por cento) e Inhambane (2.8 por cento). As menores taxas de omissão foram registadas em Gaza, Zambézia, Tete e Maputo cidade, cuja média não ultrapassa os dois por cento. Comparativamente aos processos anteriores, o Censo-2007 foi o melhor, já que em 1980 a taxa media de omissão se situou em 3.8 por cento e em 1997 esta subiu para 5.1 por cento.

Fátima Zacarias esclareceu que “numa operação exaustiva como um censo, é inevitável que ocorra algum grau de omissão, chamado sub-enumeracao”. No caso vertente, as pessoas que foram omitidas no censo serão incluídas nas projecções de população. Um dado não menos importante é que apenas um por cento da população recenseada, o equivalente a 205.554 pessoas, era constituída por estrangeiros, com destaque para malawianos (36.5 por cento) e zimbabweanos (12 por cento).

Os resultados apresentados na quarta-feira apontam ainda para a redução da taxa bruta de natalidade, pois em 2007 em cada mil habitantes nasciam 42.2 crianças, enquanto em 1997 a taxa bruta de natalidade era de 44.4 crianças. O que não sofreu muitas alterações é a taxa de fecundidade, já que, em media, as mulheres moçambicanas tem seis filhos.

Os dados de 2007 apontam que cada mulher tinha, em media, 5.8 crianças, e, em 1997, cada mulher tinha, em media, 5.9 crianças (que arredondando passa para seis crianças). Enquanto isso, a esperança de vida passou de 42.3 anos, em 1997, para 49.4 anos, em 2007.

A mortalidade infantil (o número de óbitos menores de um ano em cada mil nascidos vivos) reduziu, passando de 145.7, em 1997, para 118.3 crianças, em 2007. Um outro dado importante tem a ver com o facto de a taxa de analfabetismo ter reduzido de 60.5 por cento, em 1997, para 50.4 por cento em 2007.

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