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População de Ribáuè agastada com a actuação da PRM

O relacionamento entre a população e a polícia da República de Moçambique no posto administrativo de Iapala, distrito de Ribáuè, atingiu o seu ponto crítico depois de os primeiros terem, alegadamente, propalado que os agentes da lei e ordem praticam actos de extorsão de bens e valores monetários, além de agirem em conivência com os malfeitores que roubam produtos agrícolas nos campos.

 

 

Alguns visados reportaram os factos no encontro que o governador Felismino Tocoli teve, última sextafeira, em Iapala, com os produtores agrícolas, agentes económicos e lideres influentes.

Na ocasião, aproveitaram para alertar que se a actuação da PRM se mantiver naquele nível, irá deitar abaixo todo o esforço empreendido até aqui pela população no sentido de promover o desenvolvimento local.

Um participante ao encontro, no qual tomaram parte membros do governo provincial, acusou os agentes afectos ao posto local da PRM de libertar os malfeitores que são conduzidos para o posto policial de Iapala quando surpreendidos a roubar produtos agrícolas nas machambas dos produtores.

Acrescentou, entre aplausos da assistência, que os produtos saqueados, na calada da noite, nas machambas dos produtores, nomeadamente maçaroca e hortícolas, são transportados para os mercados de Ribáuè, onde são comercializados a interessados, a maioria dos quais provenientes dos centros urbanos, cujo resultado da venda repartem com os agentes da PRM em Iapala como recompensa pela cobertura que lhes fazem.

Um outro interveniente relatou que agentes afectos ao posto policial de Iapala o interpelaram na posse de um fardo de roupa usada destinada a comercialização no mercado local.

Depois de esclarecer que o produto fora adquirido com fundos do Estado no âmbito do Orçamento de Investimento de Iniciativa Local, os agentes apoderaram-se do fardo e, posteriormente, repartiram o vestuário entre os colegas que se encontravam de serviço.

O facto registou-se há cerca de duas semanas e perante aquilo que considerou de abuso de poder e extorsão, o queixoso intercedeu junto do governo local para dar a conhecer o sucedido.

Entretanto, ainda, não foi dada uma resposta ao ofendido em relação ao caso que, segundo apuramos, corre os devidos trâmites para apuramento das razões daquela actuação da PRM.

Aliás, o referido encontro foi dominado por acusações relacionadas com a má actuação das forças da lei e ordem, que segundo soubemos em contacto mantido em diferentes locais da vida de Iapala, que não não gozam de simpatia no seio da população.

O governador da província prometeu, em resposta, que vai inteirar-se com profundidade em torno das queixas relacionadas à alegada má actuação da PRM em Iapala, tendo apelado aos presentes no encontro no sentido de continuarem a denunciar às autoridades governamentais do posto administrativo e distritais sobre casos de corrupção e conivência com criminosos que envolvam agentes da corporação.

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