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População de Nacarôa recorre às represas para aquisição de água

Em algumas regiões do distrito de Nacarôa, a falta de fontes de água, onde os residentes possam abastecer-se faz com que recorram à água das pequenas e grandes represas existentes, facto que constitui um sério risco para a sua saúde, segundo referiu, recentemente, à nossa Reportagem o respectivo administrador, Mário Pombi.

A nossa fonte salientou que, embora autoridades governamentais locais e da província estejam a envidar esforços concernentes à construção e/ou reabilitação de fontes, aquele distrito continua a debater- se com graves problemas relacionados com a carência de água.

Segundo o nosso entrevistado, a actual rede de abastecimento de água daquele distrito que é um dos mais novos e considerados menos desenvolvidos da província de Nampula, conta com um total de 136 fontes, entre manuais e mecânicas, das quais apenas funcionam 130 e algumas com deficiências.

Nacarôa conta, também, com dois pequenos sistemas de abastecimento de água, de fazem parte 18 poços, na sua maioria tradicionais.

Por encontrar-se praticamente paralisado, devido ao estado obsoleto da tubagem, o pequeno sistema de abastecimento de água à vila sede distrital não tem capacidade para abatecer a totalidade dos residentes. Como consequência, temos apenas 14 ligações domiciliárias, o que ridículo, disse o administrador distrital.

A fonte revelou, contudo, haver um projecto de abertura de um total de 34 novos furos que está a ser financiado pelo governo. Os referidos furos encontram-se numa fase avançada de conclusão. Enquanto outros 29 furos acabam de ser concluídos, sendo 15 na zona de Inteta, uma das mais críticas do distrito de Nacarôa em termos de falta de água.

A abertura e construção desses furos foi possível mercê do financiamento de parceiros do executivo distrital, que, neste momento, encontra-se a desenvolver outros projectos virados para o desenvolvimento de Nacarôa.

Para o administrador de Nacarôa, as fontes de água existentes, presentemente, naquele distrito são escassas para a demanda da população, que continua a percorrer longas distâncias à procura do preciso líquido numa pequena fonte chega a abastecer mais de 500 pessoas.

O mais complicado, ainda, é que neste distrito temos povoados que nem sequer possuem um único furo e a população é obrigada a abastecer-se da água das represas, recorrem às represas existentes, o que constitui um risco para a sua própria saúde, numa altura em que estamos a registar muitos casos de diarreias, anotou Mário Pombi.

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