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População de Marracuene pede meios para minimizar efeitos das inundações

A população do distrito de Marracuene, província de Maputo, Sul de Moçambique, manifestou, sexta-feira, a sua inquietação pelo facto de a produção agrícola nas zonas baixas estar a ser afectada pelos efeitos das inundações ocorridas no princípio do ano, reduzindo, desde modo, as colheitas.

A inquietação foi apresentada ao Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, durante um comício que ainda hoje orientou na localidade de Nhongonhane, a dez quilómetros a Norte da vila sede de Marracuene.

Guebuza vem efectuando, desde ultimo Sábado, uma visita de trabalho a província de Maputo no quadro da presidência aberta e inclusiva que já o levou a escalar, sucessivamente, a cidade de Maputo e as províncias de Gaza e Inhambane.

Na sua mensagem, a população pediu equipamento, nomeadamente uma pá escavadora para a limpeza das valas na zona baixa do rio Incomati e tractores para responder as necessidades dos agricultores.

Esta preocupação popular foi secundada pelo Chefe da localidade de Nhongonhane, Agostinho Mulau, durante a sessão extraordinária da Secretaria da localidade, Alargada aos membros do Conselho Consultivo local.

A localidade de Nhongonhane, tal como o resto do distrito de Marracuene, tem como potencialidades económicas a agricultura e pesca, que são praticadas, essencialmente, nas zonas baixas do Incomati.

No início do ano em curso a localidade sofreu inundações na zona baixa do Incomati, onde, segundo Mulau, 106,5 hectares de culturas diversas, dos 3.216,75 hectares cultivados, foram perdidos, afectando 109 famílias.

Durante o comício, a população apresentou outras preocupações que têm a ver com a necessidade de expansão da rede de abastecimento de água e de energia eléctrica, instalação de um banco de poupança, bomba de combustível e, ainda, melhoramento das vias de acesso.

A localidade de Nhongonhane é a segunda escala do Presidente Guebuza, na sua visita à província de Maputo. Nesta localidade, para alem de orientar a sessão extraordinária da Secretaria da localidade e do Comício Popular, Guebuza visitou propriedades de duas associações, sendo um de camponeses e outra de jovens.

Trata-se da Associação dos Camponeses de Bolaze, que se dedica a produção agrícola, e da Associado Positiva Juvenil (APOJ), que vem desenvolvendo um projecto de criação de aves.

As duas associações beneficiaram de um financiamento do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo “Sete Milhões de Meticais”.

A Associação dos Camponeses de Bolaze, constituída por 209 membros, foi financiada em 480 mil meticais (o dólar EUA equivale a aproximadamente 31 meticais), aplicados na produção de bata Reno, feijão verde, pepino, cenoura, repolho, alface, tomate, batata-doce e cebola.

Por sua vez, a APOJ, que conta com 60 membros, teve um financiamento no valor de 66.650, 00 Meticais do FDD, usados na criação de aves.

Dos montantes alocados, a Associação dos camponeses já reembolsou 50 mil meticais e a APOJ 29 mil. Aliás, segundo o Chefe da localidade, o reembolso do dinheiro alocado no âmbito do FDD constitui um dos principais constrangimentos.

A título de exemplo, de 2007 a 2010, a localidade recebeu cerca de 3,6 milhões de meticais mas teve um reembolso de 138 mil meticais, o que representa apenas 3,9 por cento.

No total foram financiados 61 projectos dos quais 16 de produção de comida e 45 de geração de rendimento, tendo sido criados 106 postos de emprego.

Isto significa que a área agrícola é a que menos projectos teve, embora a base económica da zona seja a agricultura, para alem da pesca. No prosseguimento da sua visita a província, Guebuza escala Segunda-feira o distrito da Namaacha.

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