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Polícia nega a existência de “engomadores” e “violadores”

A existência de um grupo composto por 20 homens, baptizado por “G20”, é um boato propalado com o intuito de aterrorizar os moradores, implantar insegurança e medo nos bairros, bem como descredibilizar o trabalho da Polícia, afirmou o Ministro do Interior.

A instituição sob a alçada de Alberto Mondlane reuniu-se esta sexta-feira (09), em Maputo, com os chefes das esquadras da cidade e província de Maputo para debater o problema que está a agitar os bairros dos municípios de Maputo e Matola.

O ministro do Interior, Alberto Mondlane, reconheceu que os munícipes estão inseguros por causa do referido grupo que agride fisicamente, engoma e viola sexualmente as suas vítimas. Nesse contexto, a corporação analisou a nova forma de actuação dos supostos assaltantes com vista a encontrar estratégias de um trabalho conjunto com a comunidade e intensificar as acções de policiamento.

Num outro desenvolvimento, Alberto Mondlane contradisse-se ao referiu que o medo e terror vividos nos bairros de Maputo e Matola, sobretudo no São Dâmaso, onde quatro famílias foram atacadas no mesmo dia por um grupo de 15 indivíduos, derivam da criminalidade que se faz sentir nos últimos dias. Com estas palavras, o governante assume que há criminosos que criam pânicos nas duas parcelas da zona Sul do país.

Outro discurso de Mondlane que rebate a sua ideia de que a existência do famoso “G20”, não passa de um boato, surge quando ele próprio disse que o registo de assaltos em Maputo e Matola exigiu da corporação diligências que culminaram com a detenção de cerca de uma dezena de indivíduos que supostamente criavam pânico. Já foram instaurados os processos-crime e remetidos ao tribunal para julgamento.

De acordo com Mondlane, há indivíduos de má-fé que têm criado pavor e intranquilidade nos bairros com a colocação de panfletos de pré-aviso sobre os locais a serem alvos de assaltos. Mas a Polícia está a trabalhar no sentido de desmantelar esse grupo.

Por sua vez o director da Ordem, Segurança e Tranquilidade Pública na província de Maputo, António Mulungo, fez também um discurso contraditório em relação aos tais boatos. Afirmou que os bairros abrangidos pela sexta e sétima esquadras na Matola são as mais críticas, por isso, foi intensificado o patrulhamento que culminou com a neutralização de cinco indivíduos suspeitos de pertencerem à quadrilha que tem causado terror naquele município.

Mulungo sublinhou que é necessário que a Polícia intensifique a interacção com as comunidades de modo a esclarecer e estancar o crime hediondo que tomou conta do município da Matola, desde Julho passado.

O director da Ordem, Segurança e Tranquilidade Públicas na cidade de Maputo, Augusto Bobo, disse que relativamente aos assaltos em apreço, a Polícia neutralizou seis malfeitores, dos quais dois se encontram internados no Hospital Central de Maputo (HCM) por terem sido baleados pela corporação quando tentavam fugir depois mais uma acção no bairro da Polana Caniço.

O comandante da sexta esquadra no bairro de Infulene, Tomás Nhacutuo, disse que para estancar a onda de criminalidade que se alastra a cada dia que passa, está em curso a revitalização dos conselhos comunitários de segurança, através de recrutamento de indivíduos que vão garantir a tranquilidade nos bairros.

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