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Planos para circuncisão masculina não cirúrgica

Em Maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a pré-qualificação do PrePex, o primeiro dispositivo não cirúrgico para a circuncisão de homens adultos. Este dispositivo tem menos complicações e é mais fácil e rápido de utilizar, o que permite que mesmo os profissionais da saúde sem alta qualificação possam ser treinados para realizar o procedimento.

Experimentos aleatórios e controlados em 2006 concluíram que a circuncisão masculina reduz em cerca de 60 por cento o risco de contrair HIV através de sexo vaginal. Catorze países africano na África Oriental e Austral planeiam circuncidar um total de 20 milhões de homens até 2016 num esforço de reduzir a transmissão do hiv.

Alguns destes países estão atrasados quanto aos seus objectivos, e acreditam que o PrePex vai dar o necessário impulso aos seus programas, enquanto outros olham para o dispositivo com precaução.

O Ministério malawiano da Saúde planeia adoptar e implementar o uso do PrePex logo que complete os estudos em curso sobre a segurança e aceitabilidade do dispositivo, nos distritos de Nsanje, Lilongwe, e Mulanje. Os estudos devem terminar em Agosto próximo.

“Esperamos que os resultados nos ajudem a acelerar os serviços, porque já muitos mais homens têm estado a pedir o uso deste dispositivo”, disse Henry Chimbali, funcionário da promoção e comunicações do Ministério da Saúde para a prevenção do HIV e Mudança de comportamento.

“E também, muito provavelmente, vai reduzir os custos da circuncisão masculina voluntária (VMMC), porque agora estamos a usar kites descartáveis, e também poderá reduzir os custos com recursos humanos.”

No Quénia, o Consórcio para a Circuncisão Masculina (MCC), em colaboração com o programa de Controlo da AIDS e STI (Infecções de Trnasmissão Sexual) (NASCOP e a Sociedade de Saúde Reprodutiva de Nyanza (NRHS) exprimiram satisfação com a aprovação do PrePex, mas disseram haver necessidade de mais estudos para verificar a sua aceitabilidade e segurança nas unidades sanitárias locais.

As organizações estão agora a levar a cabo a segunda fase de estudo da eficácia do PrePex na circuncisão masculina entre 425 homens e este deverá estar concluído até Setembro. O resultado vai fornecer ao governo informação e recomendações sobre a adopção deste dispositivo, disse o gestor do projecto, Mathews Onyango à IRIN.

“Há alguns assuntos que não foram considerados na pré-qualificação, tais como custos, aceitabilidade…Estes podem variar de país para país, e assim, como no Quénia, o nosso estudo vai ter em conta estes factores, principalmente no seio de uma grande população”, disse.

No Ruanda, o governo planeia implementar o uso do dispositivo nas diferentes unidades sanitárias, na sequência de experimentos bem sucedidos nos hospitais militares de Nyamata e Kanombe. Funcionários dizem que poupa tempo e dinheiro.

“Várias campanhas e numerosos treinamentos dos novos utilizadores do PrePex já foram realizados. Cerca de cinco mil homens foram circuncidados fora do ambiente clínico”, revelou a fonte.

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