A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma ser cedo demais para se pronunciar com relação às acusações do Governo norteamericano de declarar o proprietário do Grupo MBS, Mohamed Bachir Suleman, como barão da droga estrangeiro. Contudo, segundo fonte da PGR citada pelo matutino ‘Noticias’, caso o trabalho em curso de recolha de dados esteja concluído, Mohamed Bachir Suleman será notificado a fim de prestar declarações.
Entretanto, na quintafeira, a Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Maputo declinou receber em audiência o Presidente do Grupo MBS, Mohamed Bachir Suleman, considerado pelo Governo daquele país como “barão de droga estrangeiro”. O encontro havia sido solicitado pelo empresário a fim de exigir provas das acusações que lhe são imputadas.
Máximo Dias, advogado de Mohamed Bachir Suleman, explicou ao ‘Noticias’ que o pedido entregue na quarta-feira, dia em que foi conhecido o relatório americano, assinado pelo respectivo Presidente, Barack Obama, foi recusado e, como sugestão, a Embaixada recomendou ao dono do Grupo MBS a entrar directamente em contacto com o Departamento do Tesouro americano ligado ao narcotráfico, em Washington. Esta entidade é que se encarrega de aplicar sanções a entidades acusadas de pertencer a barões de droga.
Tobias Bradford, da Embaixada dos EUA, dissera a AIM que aquela missão diplomática declinou receber o empresário porque o assunto deve ser abordado directamente com o Departamento do Tesouro, entidade que incluiu o nome de Mohamed Bachir na lista de narcotraficantes. Segundo Tobias Bradford, o Departamento de Tesouro dos EUA enviou quintafeira à sua Embaixada em Maputo a carta que explica e detalha as acusações que pesam sobre o dono do Grupo MBS mas que a defesa de Mohamed Bachir não confirma a sua recepção.
A mesma fonte disse, citada pelo “Notícias”, que uma comunicação sobre o mesmo assunto foi feita oficialmente ao Governo moçambicano, explicando em pormenor as razões que levaram o empresário a ser alistado como barão da droga. No seguimento da identificação feita pelo Presidente Barack Obama do empresário moçambicano Mohamed Bachir Suleman como barao de droga, em conformidade com a Lei de Designação de Barões da Droga Estrangeiros, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos designou três empresas na sua rede de tráfico de narcóticos.
O Gabinete de Controlo de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro designou o Grupo MBS Limitada, Grupo MBS–Kayum Centre e o Maputo Shopping Centre como traficantes de narcóticos especialmente designados, devido ao facto de serem da propriedade de Mohamed Bachir Suleman ou estarem sob o seu controlo. A acção congela quaisquer bens que as três entidades possam possuir e que se encontrem sob jurisdição dos EUA e proíbe as entidades americanas de realizarem transacções financeiras ou comerciais com as mesmas.