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Petróleo: medo de queda de demanda na China faz preço cair

Os preços do petróleo retrocederam na quarta-feira em Nova York, fechando abaixo dos 78 dólares e dos 77 em Londres, devido aos temores dos operadores sobre medidas consideradas pela China para desacelerar seu crescimento, que poderiam reduzir a demanda do petróleo.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em Fevereiro, em seu último dia de estimativa, fechou em 77,62 dólares, em baixa de 1,40 dólares em relação ao pregão de terça-feira. No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em março perdeu 1,31 dólares a 76,32 dólares. “A demanda se estabiliza relativamente, a oferta é abundante: justamente as condições que fazem baixar um mercado”, resumiu Mike Fitzpatrick, da MF Global.

“Na ausência de um acontecimento que possa sustentar os preços, essa deverá ser a tendência durante todo o primeiro trimestre”. “Aumentam os temores sobre a China: se frear sua política de reativação, isso poderia desacelerar seu ritmo de recuperação”, falou o analista. O presidente da comissão de regulação bancária da China indicou que Pequim limitará o crédito bancário como consequência da forte alta registrada no ano passado. “A China busca limitar o crédito e o reaquecimento de sua economia”, estimou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

“Isso poderia implicar que a demanda de produtos petrolíferos será mais fraca que o antecipado”. O mercado petrolífero é particularmente sensível a situação económica nos países emergentes, principalmente China, motor da demanda mundial há vários anos. Em seu último informe anual, a Agência Internacional de Energia (AIE) estimou que o consumo mundial de petróleo deveria se recuperar em 1,7% este ano, mas que seria sustentado pela demanda dos países emergentes e da Ásia, após ter uma queda de 1,5% em 2009.

Segundo Lipow, por outro lado, os preços são afectados pelo fortalecimento da moeda norte-americana, movimento que faz o petróleo mais caro para os investidores munidos de outras moedas. O dólar evoluia na quarta-feira a seus níveis mais altos desde Agosto em relação ao euro, que baixou para 1,42 dólares.

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