A reconstrução do Haiti, devastado pelo terremoto do dia 12 de Janeiro, será um dos grandes temas discutidos na 40ª edição do Fórum Económico Mundial de Davos, que começa na próxima semana com a despedida do presidente Luis Inácio Lula da Silva entre seus pontos fortes.
“O Haiti estará na linha de frente das discussões”, com uma sessão plenária especial que contará com a presença do ex-presidente americano Bill Clinton, designado emissário especial da ONU para o país, explicou o fundador do Fórum, Klaus Schwab. “De facto, vamos lançar uma iniciativa para comprometer o mundo dos negócios na reconstrução do Haiti”, anunciou, ao apresentar a 40ª edição do Fórum de Davos, que acontecerá entre os dias 27 e 31 de Janeiro.
“Davos será o ponto de partida” para a reconstrução do Haiti, indicou Schwab, explicando que o objetivo não é angariar fundos de emergência, e sim envolver as empresas em um plano a longo prazo para o país, que já era um dos mais pobres do Mundo antes do terremoto, que deixou pelo menos 75.000 mortos. Assim, serão incentivados investimentos, parcerias com organizações locais e contatos “para favorecer um crescimento duradouro a longo prazo que ajudará a população haitiana a sair da pobreza”, indicou Robert Greenhill, da organização do Fórum. Além do Haiti, outro ponto alto do Fórum de Davos será a presença de Lula, que participará do encontro pela última vez como presidente do Brasil.
No ano final de seu segundo mandato, o presidente brasileiro chegará a Davos cercado de toda a pompa dedicada a um líder que, do ponto de vista internacional, comandou o país de maneira brilhante em meio à crise econômica. A reunião será aberta pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e são esperados, entre outros, os presidentes da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, do México, Felipe Calderón, e da Colômbia, Alvaro Uribe.
