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Petróleo fecha em nível mais alto desde outubro de 2008

Os preços do petróleo superaram os 83 dólares esta quarta-feira em Nova York, pela primeira vez desde outubro de 2008, sustentados pelo queda do dólar no final do pregão. Em Londres, o barril ficou próximo aos 82 dólares.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (“light sweet crude”) para entrega em fevereiro fechou a 83,18 dólares, em alta de 1,41 dólar em relação ao fechamento de terça-feira. Quase no final do pregão, o barril atingiu os 83,52 dólares, seu nível mais alto desde 9 de outubro de 2008.

No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com o mesmo vencimento ganhou 1,30 dólar, a 81,89 dólares. “É um fenômeno de liquidez”, comentou Ellis Eckland, analista independente. Em baixa durante parte da sessão, os preços romperam a barreira dos 82 dólares após a queda da moeda americana.

A debilidade do dólar leva os investidores para as matérias-primas, para se proteger de uma perda de valor de seus portfólios e da inflação. O movimento simultâneo de queda do dólar e de alta do petróleo se acentuou no final do pregão, após a difusão das atas da última reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed), que reafirma sua preocupação com a debilidade do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O nível do desemprego é motivo suficiente para o Fed manter sua taxa básica de juros próxima a zero, apesar da recuperação da economia.

Com um preço quase nulo do dinheiro, os investidores captam dólares para especular nos mercados, principalmente de matérias primas. Pela manhã, os preços haviam caído diante de dados semanais sobre as reservas petroleiras nos Estados Unidos na semana passada. Os estoques de petróleo registraram uma alta súbita, quando os analistas esperavam uma queda.

Também houve decepção no mercado com uma queda menor que a prevista de produtos destilados, apesar do frio que afeta grande parte do território americano, o que deveria estimular a demanda de combustível para calefação. “Os fundamentos do mercado continuam fracos e em certo momento deverá haver uma correção” de preços, advertiu Adam Sieminski, do Deutsche Bank.

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