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Pesquisa da Transparência Internacional revela corrupção aumentou no país nos últimos três anos

Resultados de uma pesquisa encomendada pela Transparência Internacional revêlam a corrupção em Moçambique aumentou nos últimos 3 anos. O estudo desenvolvido pela firma Gallup, tem o seu lançamento agendado para o próximo dia 22 de Novembro corrente na capital do país.

Dados disponibilizados ao jornal O Autarca, pelo Centro de Integridade Pública (CIP), que faz parte da Transparência Internacional, indicam cinquenta e seis por cento das pessoas inquiridas no âmbito do mesmo estudo consideram que a corrupção no país aumentou nos últimos três anos, contra apenas vinte e três por cento que julgam ter permanecido no mesmo nível e vinte e um por cento que dizem ter diminuído.

Os resultados deste estudo quase deitam a baixo o esforço do actual governo, que tem o combate a corrupção como uma das suas prioridades. Aliás, o combate a corrupção em Moçambique constitui um dos principais slogans que ditou a reeleição do actual governo.

Segundo dados fornecidos pelo CIP, entretanto, o desenvolvido pela Gallup compreende uma análise comparativa e quantitativa da responsabilização política em cada país avaliado no âmbito do “Combate a Corrupção”, sendo que os resultados são baseados na interpretação de várias informações a nível global referentes à corrupção. “A opinião do público é usada como uma das ferramentas de grande relevância para medir os níveis de corrupção e do desempenho do governo visando o seu combate, nos diferentes sectores e instituições públicas” – refe re uma fonte documental do CIP.

Segundo a mesma fonte, o relatório regional apresenta os níveis de corrupção em seis países da SADC, nomeadamente África do Sul, Malawi, República Democrática do Congo, Zimbabwe, Zâmbia e Moçambique, permitindo comparações entre países vizinhos. A pesquisa do Barómetro em Moçambique Este ano atingiu-se um número recorde de 100 países pesquisados, sendo Moçambique parte dos 14 novos países incluídos na pesquisa.

Conduzida a nível global pelo Instituto Gallup International, em Moçambique o trabalho de campo foi executado pela firma TRS. A recolha de dados cobriu uma amostra de mil cidadãos, da população urbana adulta (maiores de 18 anos), os quais foram inquiridos no período compreendido de 26 de Abril a 5 de Maio de 2011, nas cidades capitais (Maputo, Nampula, Beira e Chimoio) de quatro províncias do país. Em Maputo, a pesquisa abrangeu setecentos cidadãos, enquanto nas cidades de Nampula, Beira e Chimoio foram inquiridos cem cidadãos por cada.

Refira-se, o lançamento régional do Barómetro Global da Corrupção vai ter lugar numa data simbólica no contexto do combate à corrupção em Moçambique, dia 22 de Novembro, em que se assinala o 11º aniversário do assassinato do jornalista Carlos Cardoso. A fonte do CIP revelou o lançamento é dirigido especialmente a membros da sociedade civil e da comunicação social e visa essencialmente partilhar os resultados referentes aos níveis de corrupção nos países avaliados e as medidas desencadeadas para o seu combate.

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