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Peritos da SADC defendem sinergias no combate as queimadas descontroladas

Peritos de países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) defendem a necessidade de se criar sinergias no combate e controlo das queimadas descontroladas para garantir uma vida sustentável dos recursos florestais da região.

A ideia foi avançada na segunda-feira, em Maputo, na abertura do Seminário Regional para o Desenvolvimento de um Programa Transfronteiriço de Gestão de Queimadas, onde peritos discutem mecanismos para combater este fenómeno e formas de estabelecer um intercâmbio sobre as boas práticas na luta contra este mal, que esta a tornar-se em uma ameaça para a maior parte das comunidades de países da região. Ana Paulo Chichava, vice-Ministra da Coordenação da Acção Ambiental, disse, na abertura do encontro de três dias, que as florestas constituem um recurso crucial para mitigar as mudanças climáticas, através do seu papel de filtro para a lavagem de gases que causam o aquecimento global.

Mais ainda, as florestas, segundo Chichava, constituem um habitat importante para uma vasta gama de biodiversidade e organismos florestais, incluindo espécie de fauna bravia, da qual depende a indústria de turismo da região. “As florestas têm, nos últimos 20 anos, merecido atenção especial na agenda internacional e na esteira desta consideração foram adoptados instrumentos legais contendo princípios orientadores do maneio, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas a níveis local, sub-região, regional e global”, explicou.

Estes princípios, segundo a vice- Ministra, continuam a ser discutidos ainda na segunda-feira através de seminários sobre as queimadas descontroladas da SADC e outros espaços de diálogo internacional, com a participação activa de vários actores e parceiros de cooperação.

Porém, as queimadas descontroladas estão a tornar-se em uma ameaça para a maior parte das comunidades de países da região. Consciente disso, o Governo moçambicano aprovou, em 2009, um Programa de Educação Ambiental, para combater e controlar as queimadas descontroladas que afectam mais as regiões sul e centro do país, sobretudo nos meses de Julho e Agosto, sendo Outubro o momento mais crítico, porque os camponeses estão a preparar os campos.

“O mais importante é que as comunidades percebam que são as queimadas que criam problemas, porque a queimada em si já faz parte da tradição, mas a partir da altura em que as comunidades começam a perder o controlo destas queimadas se agrava o problema”, explicou Chichava. No país, por exemplo, 2008 foi o ano mais crítico em relação a situação, mas no ano seguinte a situação permaneceu estacionária, daí que as autoridades moçambicanas pretendem intensificar o contacto com as comunidades por serem o alvo directo das queimadas descontroladas.

As queimadas descontroladas têm como implicações a longo prazo o aumento da frequência de episódios como as secas, ciclones, cheias. Uma larga proporção da população africana vive em áreas secas, 259 milhões dos quais são directamente afectados pela seca e desertificação.

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