Afinal, não eram 16 pessoas que viajavam na embarcação a remo naufragada no rio Chipaca, na manhã da passada quinta-feira (01), em Quelimane, província da Zambézia. Até ao fecho desta edição, pelo menos sete corpos tinham sido resgatadas em diferentes pontos daquele curso de água, o que sugere que o barco afundado levava mais gente em número ainda não efectivamente apurado pelas autoridades.
Na sexta-feira (02), a Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial recuperou quatro cadáveres e as buscas continuaram porque várias pessoas aglomeravam-se no local de atracagem de barcos e manifestavam desespero, em resultado do desaparecimento de seus familiares.
Já no sábado (03), mais três cadáveres foram localizados, alguns dos quais em estado desagradável. O Conselho da Cidade de Municipal de Quelimane disponibilizou caixões para os enterros.
As buscas eram feitas em meio de muitas dificuldades, pois a Polícia Costeira, Lacustre e Fluvial na Zambézia não dispõe de recursos. O resgate contou com o apoio de pescadores que usavam os seus barcos artesanais.
A ligação entre o posto administrativo de Madal e o distrito de Quelimane é feita por lanchas cujas condições de segurança são consideradas precárias, desde o desabamento da ponte sobre o rio Chipaca, em Março de 2015.