Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Mais madeira cuja exploração e exportação são proibidas apreendida na Beira

Vinte e seis contentores de madeira em toro e pranchas, cujo corte e exportação são proibidas em Moçambique, foram apreendidos em Sofala, onde aguardavam pela exportação para Ásia, através do porto da Beira.

Ao contrário das habituas vias usadas pelos contrabandistas e/ou exploradores ilegais, a mercadoria, proveniente da província de Tete, chegou em Sofala por via ferroviária, segundo os Serviços Florestais e Fauna Bravia de Sofala (SFFBS).

É caso para dizer que contrabandistas inovam no saque de madeira, usando ferrovias.

Trata-se de madeira de espécies chanate e monzo. A descoberta e desarticulação do esquema contou com a colaboração das Alfândegas de Moçambique e aconteceu durante a fiscalização que foi antecedida por uma denúncia sobre tal ilegalidade.

Domingos Ncuinda, fiscal do MITADER/Sofala, disse que foram descobertos 17 contentores de madeira serrada da espécie chanate e outros nove em toros, todos em situação irregular.

O produto pertence à empresa “Xeng Xeng”, vocacionada para a compra e exportação de madeira em Moçambique.

As anomalias cometidas por esta firma consistiram, por exemplo, na ausência de licença para exploração daquele tipo de madeira, falta de documentos que suporte a deslocação de um ponto para o outro. Aliás, detectou-se ainda a existência de documentos fora do prazo.

Refira-se que o governo moçambicano proíbe a exportação de madeira não processada [em toros]. Para o efeito, a Assembleia da República (AR) aprovou, em 2016, uma lei.

Apesar de tal impedimento, as florestas moçambicanas continuam a ser dizimadas e o porto da Beira é usado para a passagem de madeira em situação ilegal para o exterior, sobretudo para Ásia.

Aliás, em finais do ano passado, por exemplo, pelo menos 100 contentores com cerca de dois mil metros cúbicos de madeira em toro reservada à exportação foram confiscados naquele porto. A mercadoria era oriunda de Manica e Tete e tinha como destino a Ásia.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!