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PDD diz que seus membros são alvos de “chantagem”

O Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) afirma que os seus membros em Metuge, província nortenha de Cabo Delgado, tem vindo a ser alvos de “chantagem”, alegadamente protagonizada pelos responsáveis administrativos locais, numa manifesta atitude de “intolerância política”, por pertencerem a um outro partido que não a Frelimo. Em entrevista a AIM, Imamo Ussene, membro do gabinete provincial de eleições do PDD e responsável pela área de administração, finanças e logística, explicou que tal chantagem se manifesta de diversas formas, incluindo a pressão contra os seus membros que beneficiaram do Fundo de Investimento de Iniciativa LocaL (vulgo Sete Milhões de Meticais), os quais “são exigidos a devolução do dinheiro antes da data combinada aquando da atribuição”.

Segundo ele, casos de género acontecem na aldeia de Mbile, onde ate “proíbem” os membros do PDD de fazer sua campanha eleitoral. “Nos dias 28 e 29 de Setembro (Segunda e Terça-feira), no distrito de Pemba-Metuge, a aldeia Mbile, os nossos membros foram impedidos de fazer campanha. Eles não podem trajar camisetes do nosso partido. E os que tinham sido beneficiados com os sete milhões de Meticais estão a ser pressionados a devolver o dinheiro pelo chefe da aldeia, a mando das autoridades administrativas do distrito, antes mesmo da data estipulada”, referiu.

“Tal atitude resulta no facto de os beneficiários não serem do partido no poder”, afirmou, explicando que, face a essa situação, o delegado provincial do PDD deslocou-se, ainda na quarta-feira, aquele distrito para, “in loco”, se inteirar desse e outros assuntos que afectam os militantes do PDD. Fora deste acontecimento, segundo Ussene, nos outros distritos a campanha está a decorrer dentro da normalidade, não havendo motivos de queixa. “O trabalho esta a correr de uma forma satisfatória.

A nossa mensagem está sendo acolhida. Ate agora, o balanço é positivo”, disse Ussene, para quem o PDD, pela primeira vez na sua história, vai poder “ganhar” alguns assentos no Parlamento, pelo menos no círculo eleitoral de Cabo Delgado. O PDD concorre em sete círculos eleitorais, incluindo a província de Cabo Delgado, que elege 22 dos 250 deputados da Assembleia da República. Em 2004, o PDD concorreu as legislativas, pela primeira vez, mas não conseguiu qualquer assento no Parlamento moçambicano, a Assembleia da Republica (AR).

Para reforçar a sua campanha eleitoral, segundo Ussene, o PDD vai enviar a todos os distritos os seus candidatos a deputado. Ussene apelou o eleitorado de Cabo Delgado e do país em geral a depositarem sua confiança no PDD, porque “é a esperança do Povo”. “Não queremos pressionar o eleitorado, mas sim convida-lo a escolher o PDD, porque este é um partido de esperança do povo”, disse. Entretanto, o PDD não saiu na quarta-feira a rua na sua “caça” ao voto, porque, segundo aquele membro do gabinete eleitoral, era dia de balanço.

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