A Aliança Nacional para a Mudança (ANC, oposição), apelou, quinta-feira (4), à libertação de presos políticos no Togo. “Além do deputado Kpatcha Gnassingbé (irmão do chefe do Estado, Faure Essozimna Gnassingbé, condenado por atentado contra a segurança do Estado) e dos seus co-acusados, cerca de 20 dirigentes de partidos políticos e de associações de defesa dos direitos humanos, bem como deputados na Assembleia Nacional são acusados e, por isso, sob o controlo judicial”, denuncia o partido dirigido por Jean-Pierre Fabre.
O apelo foi lançado durante uma conferência de imprensa em prelúdio da celebração dos seus três anos de existência. Pediu ao Governo para “proceder sem delongas” à abolição de todas as acusações e à “libertação de todas as pessoas detidas” por razões políticas, apelando ao presidente da Comissão Verdade, Justiça e Reconciliação (CVJR), o Monsenhor Nicodème Barrigah, e à comunidade internacional para se mobilizarem a fim de que estas pessoas recuperem a sua liberdade.
A ANC sublinhou que este apelo por ocasião dos seus três anos, tem por objectivo “elucidar as situações incongruentes e trágicas em que vivem as pessoas detidas e os seus parentes, bem como as pessoas inculpadas. Disse ter lançado o apelo “a fim de que, juntos, isto é, as forças democráticas, as organizações de defesa dos direitos humanos e as populações, nos mobilizemos para pormos fim a estes abusos”.
Criada a 10 de Outubro de 2010 na sequência de dissensões no seio da União das Forças de Mudança (UFC), de Gilchrist Olympio, a ANC tornou-se na principal força política da oposição. Nas últimas eleições legislativas, ocorridas a 25 Julho último, o partido obteve 16 deputados sobre os19 que conta o Coletivo Salvemos o Togo (CST), de que é membro.