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Participantes em palestra apontam fragilidades jornalísticas

Embora a palestra tenha sido anunciada a menos de 24 horas, mesmo assim, pessoas interessadas não perderam a ocasião em estar naquele anfiteatro da Universidade A Politécnica para ouvir o que de facto o Jornalista Luís Nhachote, do semanário Canal de Moçambique, tinha a dar aos participantes.

Com uma moderação de um outro jornalista, neste caso Jocas Achar do jornal Noticias, Nhachote apontou alguns exemplos do jornalismo investigativo, caso concreto da província da Zambézia.

Por exemplo, o orador apontou as questões da exploração florestal e de recursos minerais que estão a enriquecer muitas elites, mas que os jornalistas nem sequer procuram saber como é que são emitidas as licenças para a exploração destes recursos.

E não só, Nhachote apontou também o caso dos lançamentos dos concursos públicos nas instituições do estado, que muitas vezes envolvem esquemas de corrupção e grandes conflitos de interesse.

Estes mais outros aspectos passam a vista dos jornalistas, que apenas centram os seus blocos noticiosos em seminários, visitas governamentais e comunicados de imprensa.

É preciso ter documentos deste país

Um outro aspecto que o orador referiu-se na palestra da última sexta-feira como ferramenta básica para uma boa investigação jornalística é das leis deste país.

Por exemplo, a fonte mencionou o Orçamento Geral do Estado (OGE), Plano Económico e Social (PES) entre outros documentos como um instrumento para medir de facto ate que ponto o governo tem vindo a cumprir com aquilo que prometeu.

Participantes apontam fragilidades jornalísticas

Os participantes presentes da referida palestra apontaram fragilidades jornalísticas, visto como que como havia apontado o orador, muitos jornalistas centram-se em trazer abordagens de viagens governamentais, ignorando tudo o que a população faz no seu dia-a-dia.

Tudo isso, porque conforme concluíram os participantes, alguns destes jornalistas ficam “amarrados” com o pagamento das ajudas de custo que o governo dá nestas viagens. Um outro facto que os participantes apontaram como fraqueza dos jornalistas é a questão dos desmentidos.

Por exemplo, há um órgão de comunicação que aborda um assunto depois de bem investigado, mas o visado naquela notícia, vai a um outro órgão de informação para fazer um desmentido. Isso acontece muito neste país, concluíram os participantes.

De salientar que esta palestra foi organizada pelo Centro dos Estudos Moçambicanos (CEMO) e a Universidade A Politécnica, delegação de Quelimane.

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