O Projecto de Reabilitação, Reforço e Expansão do Sistema de Abastecimento de Agua ao distrito de Boane, bem como aos municípios de Maputo e Matola, Sul de Moçambique, está numa fase avançada de execução, prevendo-se a conclusão das obras até finais do corrente ano.
“As obras estão a 60 por cento de execução e, em alguns pontos, as pessoas já estão a beneficiar de água potável”, disse o director executivo do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG), Pedro Paulino, falando hoje em Boane, província de Maputo, no final de uma visita que um grupo de jornalistas a aquele empreendimento.
Iniciado em princípios do ano passado, o projecto, orçado em 95 milhões de euros, já se encontra numa fase avançada e as obras decorrem sem sobressaltos nos três pontos geográficos abrangidos nesta fase.
Fundamentalmente, este projecto visa aumentar a capacidade de produção e transporte de água tratada, reduzir as perdas, reabilitar e expandir a rede de distribuição de água, incluindo a construção de centros distribuidores.
Igualmente, o projecto integra a componente de expansão do sistema de abastecimento de água através de pequenos operadores, tendo como grupo alvo as populações das zonas dos municípios de Maputo e Matola não abrangidas pela rede formal.
“O primeiro impacto é que esperamos aumentar a população servida dos actuais 40 para 73 por cento até ao final do projecto no fim deste ano”, disse Paulino Essas projecções significam que, com a conclusão deste projecto, o número da população com acesso a água potável vai subir de 670 mil para 1,5 milhão de pessoas. Por outro lado, as pessoas passarão a ter acesso à água durante todo o dia, contra as 12 horas actuais.
Outro grande impacto tem a ver com a redução das perdas de águas, uma vez que actualmente o Estado perde metade da água tratada nestes três locais.
Com a conclusão deste projecto, o FIPAG espera reduzir o nível das perdas em 25 por cento. O FIPAG espera ainda aumentar a capacidade de armazenamento de água, de 144 mil para 240 mil metros cúbicos por dia.
Falando a jornalistas, a gestora do Projecto de Abastecimento de Água de Maputo no FIPAG, Judite Manhique, explicou que os 95 milhões de euros investidos neste projecto resultam de um financiamento conjunto, que inclui o Governo moçambicano, Banco Europeu de Investimentos, a União Europeia, a Agência Francesa de Desenvolvimento e o Governo da Holanda, através do programa ORET. Moçambique comparticipa no investimento com 13,8 por cento.