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Panificadores de Quelimane vendiam pão abaixo do peso

Desde Setembro passado, mês em que o Governo de Moçambique tomou medidas de apoio aos panificadores depois das manifestações de 1 e 2 de Setembro que tiveram lugar em Maputo e Matola, cujo objectivo foi de reivindicar sobre o elevado custo de vida, onde o pão foi o auge de tudo.

 

 

Dai, o governo, pressionado pela acção do povo, reuniu e decidiu que iria subsidiar as padarias, para que o pão não subisse de preço.

A medida foi replicada, em Quelimane, os panificadores logo a prior estavam reticentes quanto a esta medida, até que houve um encontro na sala de Sessões do Governo da Zambézia, reunião esta que foi dirigida pelo respectivo Governador da Zambézia, Francisco Itai Meque.

Naquele encontro, os panificadores assumiram o compromisso de não subirem com o preço do pão, mas também em não baixarem com o peso do mesmo. Todos disseram, sim senhor, concordamos, embora com algum receio do subsídio que o governo anunciou.

Dois meses depois, os consumidores de Quelimane em particular e da província da Zambézia em geral, compravam pão com peso alem daquele que foi definido. Pão de 1.50, mt, era tão pequenino que quando posto numa mão, era fácil esmagalo.

A situação foi se arrastando e o governo também perdeu o controlo, mesmo depois da Comunicação Social em Quelimane, ter reportado várias vezes que os consumidores comem pão alem daquele recomendado em termos de peso, isso não era visto como noticia.

Várias vezes em debates organizados por alguns órgãos de comunicação social áudios, ouvintes ligaram questionando sobre o peso do pão. Só agora, quando passam três meses é que o governo acordou.

Uma inspecção conjunta da direcção provincial da Indústria e Comércio e o Conselho Municipal de Quelimane, andaram de padaria em padaria, tudo com intuito de ver quais eram as medidas do pão que os consumidores consumiam.

Depois desta acção, a missão encontrou de facto situações gravas. Pão abaixo do peso recomendado, mas em contrapartida, os panificadores recebem subsídio do estado.

Falando a Comunicação Social, a directora da Industria e Comércio na Zambézia, Beatriz de Sousa, disse que foram encontrados panificadores que fabricavam pão abaixo das medidas, mas que estes, segundo a directora Beatriz, foram os primeiros a receberem o subsídio que o governo adoptou para os panificadores.

Numa outra alusão, a fonte reconheceu que o pão que era consumido pela população está longe daquele que anteriormente era fabricado, dai que após esta inspecção, entre a sua direcção a edilidade, foram deixadas recomendações aos prevaricadores.

Quando questionado sobre aqueles que não acatarem as recomendações deixadas, Beatriz explicou que não haverá mãos a medir porque “já foram alertadas as pessoas, dai que da próxima iremos tomar medidas” – rematou.

Refira-se que para além do pão, o governo também decidiu baixar os custos das ligações de água e energia eléctrica.

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