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Pacheco e Itai põem fora de acção o chefe dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia

O governo da Zambézia, em coordenação com o ministro de Agricultura do nosso país, José Pacheco, puseram fora de acção o chefe dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia na Zambézia (SPFFB), António Chivite.

José Pacheco, ministro do pelouro, liderou a acção como o número-1 do sector. Esta quinta-feira, a margem do VIII fórum florestal de consulta à sociedade civil, Pacheco, como lhe é característico, mandou Chivite levantar-se e depois disse-lhe que estava demitido das suas funções e não poderia participar naquele encontro.

Sem mais nada a fazer, António Chivite arrumou a sua papelada e no meio daquela multidão presente, de entre ela, os operadores florestais, colegas e membros da sociedade civil, este teve que se retirar daquele salão do Instituto de Formação de Professores, local onde decorre o VIII fórum florestal de consulta à sociedade civil, cuja moderação conta com o ministro da Agricultura.

Chivite foi suspenso das suas funções por supostas ligações com as redes ocultas de saque da madeira na Zambézia. Nesta província, à semelhança das outras deste país, reporta-se casos de saque da floresta, em que alguns destes saqueadores são pessoas do poder.

Alguns usam a capa dos cidadãos de nacionalidade chinesa para não serem descobertos. E nesta acção de tirar fora de acção ao ex-chefe dos SPFFB na Zambézia, pode ser apenas uma simulação, ou por outra, tapar o sol com peneira, porque a ser verdade, então, António Chivite, como apenas chefe do sector não poderia agir sozinho.

Mas será que Chivite não sabia?

Ao que tudo indica não. Porque se soubesse não iria para passar a tamanha vergonha que poderá ficar registada no seu diário. Fontes bem posicionadas dentro da direcção provincial da Agricultura na Zambézia, disseram-nos que, o governador Itai Meque, terá feito um despacho suspendendo Chivite das suas funções.

As mesmas fontes, disseram ainda que o conteúdo do despacho não é esclarecedor, mas ao que tudo indica, António Chivite é acusado de estar ligado as redes de tráfico de madeira e exploração desenfreada deste recurso.

Dai que provavelmente o mesmo terá deixado de ser chefe. Conforme nos asseguram as mesmas fontes, este despacho nem sequer chegou a DPAZ, quer dizer, ao que se presume, o mesmo só foi ao gabinete do ministro da Agricultura. Não sabendo que já não era boss de florestas na Zambézia, o aludido foi ao local da reunião, por sinal, do seu sector.

O resultado foi aquele que se viu. Foi corrido da sala e mais nada. Para o seu lugar, incrível que pareça, veio um funcionário de Nacala para o substituir, sinal que este Nacalense, já tinha conhecimento que viria a esta reunião como substituto do Chivite.

O outro lado do encontro

Os participantes que estão neste VIII fórum florestal de consulta a sociedade civil, só têm pastas, mas sem documentos no interior.

Tudo porque conforme ficamos sabendo nos bastidores, claro, numa conversa informal com alguém ligada ao ministro, os documentos ficaram em Tete, isto porque a companhia de bandeira nacional, no voo desta quarta-feira, só autorizou aos passageiros a levarem consigo as bagagens do bordo, o resto nada. Dai que os documentos da reunião, imprimidos em Maputo (com tantas gráficas em Quelimane), acabaram ficando em Tete.

E esta quinta-feira, os participantes só foram a sala, receber pastas apenas e o resto foi ouvir discursos dos governantes. Para além do ministro do pelouro, esteve na abertura do encontro que foi de apenas um dia, o Governador da Zambézia, Francisco Itai Meque.

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