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Os sinos dobram pelo clima em Copenhague

Os sinos da Catedral de Copenhague deram 350 badaladas no domingo, para lembrar o limite máximo de partes por milhão (ppm) de CO2 na atmosfera para limitar o aumento da temperatura no planeta a 1,5 grau.

Os sinos da catedral luterana Vor Frue Kirke bateram por volta das 15H00 local, encobrindo o ruído dos helicópteros da polícia que sobrevoam de forma permanente o centro da capital dinamarquesa. O arcebispo sul-africano e Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, e o arcebispo anglicano de Canterbury, Rowan Williams, oficiaram uma missa ecumênica, para centenas de fiéis, antes das 350 badaladas pelo clima.

“Não foi apenas uma cerimônia magnífica, mas uma mensagem política muito forte: que os homens e as mulheres entendam a ciência do clima”, declarou à AFP Bill Mc Kibben, fundador do grupo de acção ecológica 350.org. Igrejas de diversas partes do mundo também dobraram seus sinos na segunda-feira, 350 vezes, para lembrar o desafio do aquecimento global, segundo a 350.org, que lançou a ideia da manifestação. A actual concentração de CO2 na atmosfera é de aproximadamente 385 partes por milhão (ppm).

Para limitar a alta da temperatura a 1,5 grau, como exigem os pequenos Estados insulares, directamente ameaçados pelos efeitos do aquecimento global, os cientistas estimam que a concentração de CO2 não pode superar as 350 ppm. Para limitar a elevação da temperatura a 2 graus, um objectivo mais realista e amplamente considerado nas negociações internacionais, a concentração deve ficar abaixo das 450 ppm. Apesar do dia de folga nas negociações formais, os protestos prosseguiram no domingo em Copenhague e a polícia dinamarquesa dispersou uma manifestação contra o capitalismo organizada no centro da cidade, detendo cerca de 250 pessoas.

A manifestação, convocada pela Climate Justice Action (CJA), reuniu centenas de pessoas no porto de Copenhague. A CJA afirmou que as detenções foram arbitrárias e denunciou que centenas de pessoas ficaram imobilizadas no chão, apesar do intenso frio da noite. No início da tarde de domingo, um importante dispositivo policial fechou o acesso a pedestres em frente à estação de Oesterport, perto da zona portuária. Na véspera, os protestos em Copenhaque deixaram quase mil detidos e alguns feridos.

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