Frédéric Abass Kabouia, presidente do Movimento dos Republicanos Centristas (MRC, oposição) do Togo encontra-se detido na Cadeia Civil de Lomé, desde Quarta-feira (29), por não ter respeitado a obrigação de reserva que lhe impõe o seu estatuto de liberdade provisória.
Terça-feira, Frédéric Abass Kaboua foi convocado pelo juiz de instrução encarregue do processo dos incêndios dos grandes mercados de Lomé e Kara, por ter feito “declarações que saem do âmbito da obrigação de reserva que lhe impõe o seu estatuto de liberdade provisória”.
Quarta-feira, ele foi ouvido pelo juiz e mandado para a Cadeia Civil de Lomé, segundo fontes concordantes. A 12 de Março último, Frédéric Abass Kaboua foi ouvido pelos gendarmes a respeito do caso dos incêndios dos mercados de Kara (norte) e de Lomé (capital) ocorridos a 10 e 12 de Janeiro últimos.
Ele beneficiou de uma liberdade provisória e é-lhe proibido evocar este caso em público e não pode deixar o país sem autorização prévia do juiz.
Mas, depois das suas declarações que revelam os nomes dos supostos autores dos incêndios, ele foi detido e encarcerado esperando um provável julgamento.
Desde Janeiro, depois destes incêndios, vários líderes da oposição foram detidos, alguns encarcerados, incluindo Etienne Yakanou, membro da Aliança Nacional para a Mudança (ANC) que morreu na Gendarmaria a 10 de Maio último por falta de cuidados.