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Oposição e religiosos exigem desculpas a Jacob Zuma

Partidos da oposição e o Conselho das Igrejas da África do Sul apelam ao Presidente sul-africano, Jacob Zuma, para pedir desculpas pelo seu discurso segundo o qual só os membros do Congresso Nacional Africano (ANC) é que serão aceites no “paraíso”.

Zuma discursava fim-de-semana num comício realizado em Mthatha, província do Cabo Oriental (terra natal do primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela), inserido numa campanha eleitoral do seu partido para as autarquias deste ano, cuja data ainda não foi anunciada.

Na reunião, ele declarou que somente os militantes do ANC é que têm lugar assegurado no paraíso, o que para as organizações religiosas é uma blasfémia.

Eddie Makue, Secretário- Geral do Conselho das Igrejas da África do Sul, convidou assim ao Presidente a pedir desculpas pela blasfémia, que pode separar os sul-africanos.

Disse ser preocupante ouvir do Presidente um discurso do género, pedindo aos dirigentes sul-africanos que se distanciem deste tipo de declarações.

O líder do Partido Cristão Democrático Africano (ACDP), Kenneth Meshoe, descreveu o pronunciamento de Zuma de uma “desgraça”. Meshoe disse que a declaração não é mais senão um engano aos sul-africanos e um “insulto” às congregações religiosas.

Por seu turno, a líder da Aliança Democrática (DA), na oposição, Helen Zille, disse que as palavras de Zuma são “totalmente incendiárias, perigosas por dividirem as comunidades sul-africanas”. Zille afirmou que o discurso do Presidente é uma “vergonha e chantagem a organizações religosas”.

No comício, o estadista sulafricano afirmou que quem estiver a votar a favor do seu partido estava automaticamente a entrar no paraíso, acrescentando que quem tiver o cartão de membro do ANC estava abençoado. Em 2008, Zuma foi alvo de críticas depois de afirmar que o ANC iria governar até a vinda de Jesus Cristo.

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