Em Moçambique, existe défice de oferta de embalagem apropriada aos produtos produzidos localmente, tanto de consumo interno como de exportação, disse o ministro da Indústria e Comércio, António Fernando. António Fernando falava no workshop internacional sobre oportunidades de negócios no sector de embalagem, organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio, através do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas, no dia 29 de Abril, em Maputo.
O evento, que contou com a participação de países como Africa de Sul, Alemanha e Brasil, surge como consequência do país estar a ser penalizado no que toca ao consumo de produtos interno e à exportação em quantidade, qualidade e a preço que não prejudique a sua competitividade, uma vez que não estão embalados. “O consumidor opta pelos produtos exportados porque estes chegam ao mercado nacional embalados e melhor apresentados”, afirmou o ministro da indústria e comércio tendo acrescentado que a componente de embalagem asseguraria a competitividade da produção nacional num mundo.
Com efeito, pretende-se revitalizar o sector de embalagem de modo a dar suporte ao crescimento da produção, visto que nos últimos anos tem-se assistido ao surgimento de novas empresas em diversos ramos de actividade e ao aumento da produção nacional e das exportações do país. Na ocasião, foram analisadas as necessidades e os desafios dos empresários moçambicanos no sector de embalagem, tendo sido constatado que Moçambique tem potencial para a produzir uma vasta gama de embalagens de plásticos, mas devido à fraca qualidade e a falta de habilidade na produção de embalagem, o país contínua dependente de importação.
Outros aspectos apontados, referem-se à problemas de adesivos de moldura e ausência de uma indústria capaz de responder a demanda actual. Neste momento, o país conta com 27 produtores de embalagens plásticas, 4 de cartões, 2 de metal e não existe de vidro e produtores de rótulos. Em termos de quadro legal, foram identificados 4 leis fundamentais sobre a forma de produção das embalagens, os produtos importados, a qualidade de água para o consumo humano e a água engarrafada.
Código de Barra Ausência de códigos de barras nos produtos nacionais retira o mérito da produção nacional. Entretanto, de acordo com o director nacional da indústria, Sidónio dos Santos, existe um serviço para restaurar o código de barras no país, o que vai permitir a identificação dos bens no que respeita ao preço e outros aspectos ligados a um determinado produto.
Segundo aquele responsável, “há cada vez mais exigências por parte dos produtores e o facto de Moçambique não estar preparado faz com que haja aumento da importação de produtos com código de barra”.