Os Estados Unidos afirmaram, esta Quinta-feira, que redigiram uma resolução para o Conselho de Segurança da ONU que exige o cumprimento dum apelo da União Africana pelo fim dos confrontos fronteiriços entre o Sudão e o Sudão do Sul, e para que os dois países retomem o seu diálogo e resolvam as suas muitas disputas.
A embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas, Susan Rice, disse aos jornalistas que a discussão do texto começará esta Quinta-feira, mas que a votação ainda deve levar alguns dias.
Terça-feira, o Conselho de Segurança e Paz da União Africana pediu aos dois países para interromperem as hostilidades num prazo de 48 horas e retirem de forma “incondicional” as suas tropas das áreas disputadas.
O grupo ameaçou ainda impor medidas de carácter vinculante caso as diferenças não sejam resolvidas num prazo de três meses.
Rice, que preside o Conselho em Abril, disse que a intenção do texto na ONU é “dar um apoio imediato e substancial às decisões da União Africana”.
O bloco continental pediu à ONU para manifestar apoio ao plano nos termos do artigo 7º da Carta da ONU, o que tornaria o seu cumprimento obrigatório por parte do Sudão e do Sudão do Sul.
Em caso de descumprimento, o Conselho ficaria autorizado a impor sanções económicas e diplomáticas, ou mesmo realizar uma intervenção militar.
A ONU já tem uma tropa de paz com milhares de soldados nos dois Sudões. O Sudão do Sul tornou-se independente do Sudão em Julho do ano passado, mas ainda há muitas pendências entre os dois países, principalmente envolvendo a demarcação de fronteira e a propriedade dos recursos petrolíferos.
